Museus preparam retorno após liberação em Pernambuco
Espaços administrados pela Fundarpe e pela Prefeitura do Recife voltam a receber o público no dia 16 de setembro
A partir desta segunda-feira (31), cidades da Região Metropolitana do Recife e da Zona da Mata de Pernambuco avançam para a etapa 8 do Plano de Convivência com a Covid-19. A nova fase permite a retomada de diversas atividades, entre elas, as dos museus e espaços de exposições. Fechados ao público desde março, os equipamentos culturais terão que seguir uma série de exigências.
O protocolo de segurança, publicado na última sexta-feira, vem sendo desenhado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) desde junho, com a participação dos demais gestores de instituições públicas e privadas. O documento estabelece regras específicas para o setor e obedece ainda medidas básicas de prevenção ao coronavírus, como higiene e distanciamento social.
Para receberem o público novamente, os museus estão em processo de adequação às recomendações previstas no protocolo. No caso dos equipamentos administrados pela Fundarpe em Recife e Olinda, a volta das visitações está programada para o dia 16 de setembro. Integram essa lista os seguintes espaços: Museu do Estado de Pernambuco, Estação Capiba – Museu do Trem, Museu de Arte Sacra de Pernambuco, Museu Regional de Olinda, Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (atendimento ao pesquisador), Torre Malakoff e Espaço Pasárgada.
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“Nossa primeira tarefa é reorganizar as equipes, mantendo afastados do presencial aqueles funcionários que estão nos grupos de risco. Também faremos uma revisão geral, com o pessoal de limpeza e engenharia, para garantir que os equipamentos estarão prontos. Depois disso, faremos todas as mudanças exigidas pelo protocolo“, explica Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.
Neste primeiro momento, no entanto, o calendário não contará com aberturas de novas exposições. O público poderá acompanhar somente as mostras permanentes de cada espaço. “Algumas exposições estavam em construção antes da pandemia e acabaram sendo interrompidas. Faremos a repactuação dessas pautas com os produtores e começaremos a receber novas propostas para retomarmos as agendas”, comenta Canuto.
Também está previsto para o dia 16 de setembro a volta dos museus ligados à Prefeitura do Recife, como o Museu da Cidade do Recife, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) e Paço do Frevo. Já o Centro Cultural Cais do Sertão, gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, ainda não possui previsão de reabertura ao público. A situação é igual para o Instituto Ricardo Brennand e os espaços expositivos mantidos pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
Recomendações
Muitas das orientações contidas no protocolo de reabertura dos museus são semelhantes às já seguidas por outros setores em funcionamento. É obrigatório, por exemplo, o uso de máscara por funcionários e visitantes, aferição de temperatura na entrada, disponibilização de álcool em gel em todos os ambientes e distância mínima de 1,5m entre as pessoas. A capacidade de público precisa atender ao limite de apenas um visitante a cada 20m² nas áreas expositivas internas e, na parte externa, um a cada 10m².
Marcelo Canuto acredita que não será difícil garantir esse distanciamento dentro dos equipamentos culturais. “Grande parte dos visitantes que os nossos museus recebem é formada por turistas e grupos de estudantes. Como estamos na baixa temporada e as atividades escolares ainda não recomeçaram, a gente não prevê um fluxo grande de público. Em todo caso, os espaços da Fundarpe adotarão um controle rígido do número de visitantes”, afirma.
As visitas guiadas e as atividades educativas estão permitidas, contanto que respeitem o distanciamento entre as pessoas e a capacidade dos locais. Já eventos que possam gerar aglomeração, como lançamentos e festivais, seguem suspensos. As regras de circulação nos ambientes devem ser sinalizadas no piso ou com barreiras. Os equipamentos de interatividade serão adaptados para o uso sem contato ou, quando não for possível, ficarão indisponíveis para os visitantes.