Nara Leão

Nara Leão, um dos cantos transgressores da música brasileira, completaria 80 anos nesta quarta (19)

Artista capixaba conhecida como "Musa da Bossa Nova", morreu aos 47 anos em 1989

Nara Leão, cantora e compositora, completaria 80 anos nesta quarta-feira (19)Nara Leão, cantora e compositora, completaria 80 anos nesta quarta-feira (19) - Foto: Reprodução/Instagram

Há oitenta anos, em 19 de janeiro de 1942, a cantora, compositora e instrumentista Nara Leão nascia em Vitória, no Espírito Santo.

Artisticamente transgressora e engajada, integra o rol dos nomes da Música Popular Brasileira que se destacam pelo canto mas também pelo pulsar insistente e aguerrido em tempos sombrios de ditadura, censura e rótulos, fatos minados por Nara e pelos versos “Moço, não se meta/Com uma tal de Nara Leão/ Que ela anda armada/De uma flor e uma canção”, assinados por Ferreira Gullar (1930-2016), dos seus autores, o preferido.
 

Chico Buarque e Nara Leão                Crédito: Reprodução/Instagram

O fato se deu após episódio de um quase enquadramento dela na Lei de Segurança Nacional por causa de “recados” direcionados aos militares no auge da década de chumbo, em 1966. 

Nara Leão, que morreu em 1989 aos 47 anos, de um câncer, apenas nasceu em Vitória, já que desde os primeiros anos fixou residência no Rio de Janeiro, cidade que, não à toa, a levaria a ser conhecida como a “Musa da Bossa Nova” – título endossado, também, por ser minoria como mulher entre os homens que pairavam sob os ares do gênero.

Foi na “cidade maravilhosa” que começou a dedilhar no violão e, em 1964, estreou com álbum que leva seu nome, antecedendo o seu segundo disco “Opinião de Nara”. 

Ousou e flertou
Mas seu passeio pela bossa nova se deu, efetivamente, com “Dez Anos Depois” (1971) – título alusivo ao ano em que começou a cantar, 1961. Ousou em trabalhos com cancioneiro de Roberto e Erasmo, assim como de Dominguinhos e Fagner. Flertou com a MPB e com o Tropicalismo, uma diversidade (ou contrassenso) que a fincaria como de fato ela era, livre.



Liberdade, aliás, atualmente contada em “O Canto Livre de Nara Leão” (Globoplay), série escrita pelo diretor e roteirista Renato Terra, distribuída em cinco episódios e com narrativa tomada por depoimentos de nomes como Edu Lobo, Nelson Motta, Paulinho da Viola e Maria Bethânia.

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