MERADO DA MÚSICA

Natiruts exige satisfação à Sony sobre rombo de R$ 1 milhão em pagamento de royalties

Lulu Santos, Gilberto Gil e as filhas de Raul Seixas passaram por problemas parecidos

Natiruts Natiruts  - Foto: Carlos Müller/Divulgação

A banda Natiruts exigiu uma justificativa de sua gravadora, a Sony, após notar rombo de R$ 1 milhão nos pagamentos de royalties. Diversos artistas já tiveram problemas do tipo com grandes gravadoras, como a Sony e Warner Music, também conhecidas como “majors”. Nomes como Gilberto Gil e Lulu Santos já enfrentaram situações semelhantes.

Ainda em fase extrajudicial, a banda Natiruts notificou a empresa Sony Music após identificar discrepâncias em uma auditoria realizada nos demonstrativos de pagamento e nos contratos fechados com a gravadora.

 

Dentre os pontos destacados, está a ausência de pagamento por faixas ou álbuns inteiros, diferenças nos percentuais pagos para os acordados contratualmente, e até descontos pela “confecção de capas” de CD e DVD, o que não tem custo nas plataformas de streaming.

A banda, que está em sua última turnê, se apresenta até dezembro deste ano. Segundo os artistas, os pagamentos reduziram exponencialmente após a consolidação dos serviços de streaming, como o Spotify.

De acordo com a defesa da Natiruts e outros artistas, as prestações de contas das gravadoras "não têm transparência", sendo "extremamente difíceis de auditar". Os materiais contam com centenas de páginas, em inglês, com referências internas e números específicos.

Ainda segundo a defesa, não se sabe o valor real bruto arrecadado, nem a cadeia de descontos que os plays de cada música sofrem até chegarem ao artista. Somente os artistas que contratam auditorias especializadas, que conhecem os números, os contratos, e formas de pagamento, conseguem perceber que têm sido lesados e receber de volta os valores.

Streaming e royalties
A banda Natiruts optou por realizar uma auditoria após notar que poderia ter algo errado com os pagamentos. Gilberto Gil, hoje litigando com a Warner Music por erros em pagamentos e falta de autorização para distribuição de suas músicas em streaming, foi o pioneiro nesses processos.

Em 1998, Gil já brigava com a gravadora Universal pelos direitos referentes aos seus álbuns. Em 2019, a Justiça do Rio de Janeiro deu ao artista o direito de gerir toda sua obra.

Veja também

Lourival Cuquinha expõe obras sobre imigrantes camelôs no Recife
Artes Visuais

Lourival Cuquinha expõe obras sobre imigrantes camelôs no Recife

Tom Zé é internado em São Paulo após acidente doméstico
ACIDENTE

Tom Zé é internado em São Paulo após acidente doméstico

Newsletter