Netflix é 'cancelada' no Twitter por lançar filme acusado de sexualizar crianças
Cenas de "Lindinhas", de Maïmouna Doucouré, fizeram a hashtag #CancelNetflix ficar entre os principais assuntos na rede social
O polêmico filme “Lindinhas” (“Mignonnes”, no original) estreou na Netflix nesta quarta-feira (9). Em agosto, a plataforma de streaming foi acusada de sexualizar as atrizes-mirins do longa-metragem em um pôster de divulgação. As críticas ao lançamento voltaram a movimentar as redes sociais e, nesta quinta-feira (10), a hashtag #CancelNetflix ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.
O longa, que estreou no Festival de Sundence, mostra uma garota de 11 anos que, ao lado das amigas de escola, forma uma grupo de coreografia. Alguns internautas chamaram atenção para o fato de um filme com protagonistas infantis ter classificação para maiores de 16 anos, por ter “conteúdo sexual, violência e linguagem imprópria”.
A própria série sobre crianças de 11 anos adverte para maior de 16 ANOS por que contém conteúdo SEXUAL , VIOLÊNCIA e LINGUAGEM IMPRÓPRIA. #CancelNetflix pic.twitter.com/yhZuNSRokD
— Priscila Oliver (@Priscilajuba) September 10, 2020
“Quando que as pessoas vão entender que sexualização de meninas menores de idade não é a mesma coisa que empoderamento feminino? Uma coisa não dá palco pra outra acontecer”, escreveu um usuário identificado como Duda. “Cuties não passa de um cardápio pra pedófilo camuflado como filme de ‘representatividade’. Achei a temática super interessante, mas as cenas sexualizando as meninas são super desnecessárias”, publicou outra internauta, identificada como Larissinha.
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Nas redes sociais, foram compartilhados alguns trechos do filme. Em uma das cenas, as personagens aparecem com roupas curtas e dançando de maneira erotizada. Segunda a diretora Maïmouna Doucouré, a intenção do longa é justamente acusar a hiperssexualização das crianças. O enredo é baseado na própria vida da cineasta, que é descendente de senegaleses e cresceu em Paris.