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Netflix teve mais mulheres à frente e atrás das câmeras do que cinema em 2018 e 2019

Plataforma ainda engatinha quanto à presença de protagonistas LGBT e de deficientes, porém, indica estudo

A atriz Logan Browning em cena deA atriz Logan Browning em cena de - Foto: Divulgação

Um estudo divulgado nesta sexta-feira (26) revelou que a Netflix teve mais filmes e séries com mulheres à frente e atrás das câmeras e com protagonistas não brancos do que a média do setor em 2018 e 2019.

A pesquisa foi encomendada pela própria Netflix ao grupo Annenberg Inclusion Initiative, da Universidade do Sul da Califórnia.

Foram analisados 126 filmes e 180 séries de ficção da empresa produzidas nos Estados Unidos. Estes foram avaliados de acordo com os fatores gênero, raça, sexualidade e existência de deficiência e comparados com os 100 filmes de maior bilheteria dos dois anos.

Quando o assunto é gênero, a Netflix teve um saldo melhor do que a média da indústria. Mais da metade, ou 52%, de todas suas produções e coproduções são estreladas por mulheres. Essa fração é de 41% entre os filmes de maior bilheteria de 2018 e de 2019.

Também as mulheres diretoras foram mais numerosas na plataforma, ainda que sejam minoria em comparação com os homens. Elas estiveram no comando de 25% das produções da plataforma em 2018, enquanto só 4,5% dos 100 longas mais vistos daquele ano foram realizados por mulheres. Em 2019, essa disparidade diminuiu -20,7% das obras da Netflix foram dirigidas por mulheres, contra 10,7% no restante da indústria.

No critério racial, a Netflix teve pouco mais de um terço, ou 31,9% de sua produção do período estrelada por pessoas não brancas. A porcentagem é de 28% quando se trata dos protagonistas dos 100 filmes mais vistos de 2018 e 2019.

Já nos quesitos de representação LGBT e de deficiência, a Netflix está num patamar semelhante ao do setor em geral.

Em 2018 e 2019, 2,3% dos protagonistas dos seus filmes e séries eram LGBT. Nos filmes mais vistos do período, a fração é de 2%. Segundo o estudo, cerca de 12% da população dos Estados Unidos é LGBT.

Nos mesmos anos, 11,9% dos seus protagonistas tinham algum tipo de deficiência, contra 14% entre os filmes de maior bilheteria no mesmo período. Enquanto isso, 27,2% dos americanos dizem conviver com algum tipo de deficiência.

Para tentar melhorar os resultados, a Netflix anunciou, nesta sexta (26), a criação de um fundo de equidade, intitulado Netflix Fund for Creative Equity.

"Vamos investir US$ 100 milhões nos próximos cinco anos em organizações com históricos de estabelecer comunidades subrepresentadas nas indústrias de TV e cinema", afirma a nota.

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