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Entrevista

Guilherme Fontes: no ar no streaming com "Os Outros" e na TV aberta em "Mulheres de Areia"

Ator renova relação com o vídeo a partir do sucesso da série e da novela

Guilherme Fontes está em dose dupla nas telinhas: da tevê e do streamingGuilherme Fontes está em dose dupla nas telinhas: da tevê e do streaming - Foto: Divulgação

O tempo de vivência com a tevê é motivo de orgulho para Guilherme Fontes. Além de uma conexão natural com público e a gama de personagens icônicos, Fontes acredita que é por conta dessa entrega que ele tem a possibilidade de se ver no vídeo em títulos tão diferentes como “Os Outros”, atual hit da plataforma Globoplay, onde vive Jorge, empreiteiro acusado de corrupção, e “Mulheres de Areia”, que acaba de estrear na faixa vespertina da Globo, onde interpreta o galã Marcos.

Separadas por exatos 30 anos, as produções exibem as expressões de um ator feliz com o passado, mas ainda curioso pelo futuro. “É lindo ver o carinho do público com os trabalhos antigos. Ao mesmo tempo, também é empolgante estar em um projeto vitorioso no streaming, que consegue mostrar minha atuação para uma nova audiência”, avalia.

Natural de Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, Fontes tinha 18 anos quando estreou na tevê, na primeira versão de “Ti-Ti-Ti”, de 1985. Galã em ascensão, se destacou em produções como “Bebê a Bordo” e “Desejo”, e caiu nos braços do público ao protagonizar “Mulheres de Areia”, em 1993, e ser o grande vilão de “A Viagem”, no ano seguinte. “O público não cansa do que é bom. Foram novelas que realmente marcaram época. Em 2024, é a vez de ‘A Viagem’ completar 30 anos. Estou curioso para saber como será a comemoração”, ressalta.

“Os Outros” já é a série mais vista da história do Globoplay e deve ganhar a TV aberta. Como avalia sua participação na produção?
Foi uma experiência incrível. Minha paixão pela série começou pelo título. A gente tem de acabar com a mania de achar que os problemas são os outros. Nós somos os outros. Individualmente, criamos a maioria das intolerâncias e dificuldades que temos no dia a dia. E a síntese disso tudo é a nossa vida nos prédios, condomínios, bairros e ruas. Os problemas emocionais e pessoais começam muito mais perto do que imaginamos e acho que foi essa abordagem que fisgou o público.

O sucesso de “Os Outros” acontece ao mesmo tempo que “Mulheres de Areia” é reprisada mais uma vez.
É um movimento não planejado, mas muito interessante e bem-vindo. Não vivo de passado, mas acho muito legal que os grandes trabalhos que fiz ao longo da carreira não param de ser exibidos. “A Viagem” já repetiu cinco vezes e me chamam de Alexandre até hoje. “Mulheres de Areia” está na quarta reprise e já começa a repercutir muito bem nas ruas e nas redes sociais. De certa forma, novas gerações vão me conhecendo e isso faz diferença. Convivo bem com esses personagens e olho para trás com muito carinho.

O que você acredita ser o segredo do sucesso de “Mulheres de Areia”?
Acho que é o casamento entre um bom elenco, técnicos incríveis e um grande texto. Um clássico é sempre um clássico e Ivani Ribeiro foi uma das maiores novelistas do país, dona de uma carpintaria de dramaturgia perfeita. Essa versão da novela, de 1993, envelheceu muito bem e, 30 anos depois, continua a envolver o público.

Consegue eleger alguma lembrança favorita das gravações da trama?
É tão difícil. Era uma novela de muitas cenas externas, com sequências belíssimas e onde tive o prazer de contracenar com intérpretes de primeira. Essa junção de fatores fez de “Mulheres de Areia” um trabalho muito vitorioso também nos bastidores. As cenas com a Gloria (Pires) eram muito divertidas por conta do tom um tanto cego do meu personagem, que ficava sempre confuso entre as gêmeas Ruth e Raquel (risos).

Hoje em dia, o Marcos seria facilmente chamado de “emocionado”, não é?
Com certeza. Meu personagem é um grande romântico. E era facilmente enganado e iludido (risos). Ainda que as gêmeas sejam parecidas, tem sempre a coisa do cheiro, do jeito. E, nesse caso, Ruth e Raquel são 100% diferentes. Mas ele, no começo, nem se dava conta. Era muito engraçado.

“Os Outros” – Globoplay – primeira temporada disponível.
“Mulheres de Areia” – Globo – de segunda a sexta, às 14h.
 

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