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Entrevista

No comando do "Big Brother Brasil" pelo segundo ano, Tadeu Schmidt celebra repercussão do jogo

Tadeu chegou ao "BBB" após 14 anos no "Fantástico", 10 deles como apresentador principal da revista eletrônica

Tadeu SchmidtTadeu Schmidt - Foto: Divulgação

A chegada ao “Big Brother Brasil” representou uma mudança profissional brusca para Tadeu Schmidt no começo do ano passado. No entanto, à medida que a competição foi avançando, o apresentador percebeu que já conhecia uma parte de todas aquelas dinâmicas e emoções.

À frente do programa pelo segundo ano consecutivo, Tadeu recorreu aos tempos do jornalismo esportivo para compreender como e porque a disputa movimenta uma torcida tão acalorada dentro e fora das redes.

“Fico chocado de como esse jogo mexe com as pessoas. É algo que só o futebol também consegue fazer: ter torcida, exaltar os ânimos, virar assunto o dia inteiro. Qualquer coisa que acontece no BBB se torna relevante na vida das pessoas”, afirma.

Tadeu chegou ao “BBB” após 14 anos no “Fantástico”, 10 deles como apresentador principal da revista eletrônica. Em seu segundo ano no comando do reality show, o jornalista desbrava os detalhes e as dinâmicas da produção capitaneada por Boninho. Em 2023, Tadeu pretende usufruir mais a posição de apresentador.

“Estou mais tranquilo porque já domino muitas questões do programa. Então, vou ter espaço para curtir mais. Ano passado estava tenso para entender tudo rapidamente. Agora posso deixar as coisas fluírem mais”, valoriza.

Após o nervosismo da estreia na temporada passada, como você encara a missão de comandar o principal reality show da emissora?

O Tadeu do “BBB 22” estava prestes a descobrir como era o programa. Por mais que eu assistisse ao reality, não tinha como saber como cada coisa funcionava tecnicamente ou como eu tinha que me preparar para cada momento. O Tadeu do “BBB 23” já aprendeu tudo isso, já sabe como se preparar, já sabe como funciona cada questão técnica, de áudio, de vídeo, de delay, de comunicação.

Esse domínio dos detalhes da produção tem facilitado seu trabalho atualmente diante do vídeo?

Então, o Tadeu do “BBB 23” está muito mais tranquilo e, certamente, vai curtir ainda mais. No ano passado, eu estava muito atento em entender tudo e focado em experimentar, em descobrir... Agora, não. Já sei como as coisas funcionam e estou ansioso para curtir muito desde os primeiros momentos. É uma nova estreia, né? Porque vou viver o programa de uma nova forma de novo.

O que mais te surpreendeu ao longo dessa empreitada à frente do “BBB”?

O que mais me impressionou no “BBB” foi o poder que ele tem de mexer com as pessoas. É incrível, é algo que só o futebol também consegue fazer: ter torcida, exaltar os ânimos, virar assunto o dia inteiro. Qualquer coisa que acontece no “BBB” se torna relevante na vida das pessoas. Também acho interessante ver como o programa mexe com os participantes ao longo da competição.

Como assim?

Fiquei muito impressionado com a emoção que vemos nos participantes, aquelas pessoas que estão vivendo ali um momento único na vida delas. Mesmo os integrantes do Camarote, que já são conhecidos, vivem uma experiência transformadora. Fazer parte desse momento é um privilégio extraordinário. O programa é um divisor de águas.

Os textos de eliminação são bastante aguardados e comentados pelo público. Como funciona seu processo de elaboração?

O momento da eliminação é mesmo o meu preferido. É até estranho falar isso, porque alguém está indo embora ali, mas faz parte do jogo. Eu gosto pelo fato de ser um momento decisivo. É uma hora de muita energia, atenção, tensão e emoção. Existe uma concentração de todo mundo em torno daquele resultado, das palavras que estão sendo ditas. Então, é realmente o meu momento preferido e eu capricho o máximo que posso. Desde o domingo, quando se forma o paredão, eu começo a pensar em como vai ser o discurso, que estilo vou usar. Mas tem muitos momentos legais no “BBB”.

Na temporada passada, você chamou a atenção ao narrar as provas do programa. Você sempre quis traçar um paralelo do esporte com o reality show?

Eu adoro as provas, talvez pelo meu histórico com o esporte; a família toda é de atletas. Eu até hoje sou um atleta amador e sou apaixonado por esporte. A competição do “BBB” é como um esporte em que eu sou, ao mesmo tempo, o juiz, o narrador e a confederação da modalidade, porque preciso passar as regras. É muito legal, eu curto muito a vibração das provas.

Você costuma estar presente nas redes sociais, mostrando os bastidores e seu dia a dia à frente do programa. Como tem sido essa troca com o público ao longo da temporada?

É muito melhor do que eu poderia sonhar. Eu sabia da exaltação dos ânimos dos fãs com o “BBB”, e é impossível passar a temporada sem receber uma crítica; é natural. Mas se colocar em uma planilha todos os comentários negativos – que não são de todo ruim, porque é bom ouvir da pessoa que algo não foi legal e tentar ajustar. Quando alguém faz uma análise com educação, eu acho superlegal, busco avaliar para tentar melhorar e fazer diferente – em comparação com o que eu recebi de carinho... caramba, eles somem! É como colocar uma bolinha de gude ao lado de um caminhão. É importante ter essa conexão com o público tão ativa e quente.

Por quê?

Eu recebi carinho demais, muito mais do que achava que poderia receber. Foi emocionante e importante para mim durante o “BBB”, porque é um período de bastante dedicação, e essa resposta do público me dá força. E depois do “BBB”, como as pessoas vieram falar comigo que adoraram a minha apresentação do programa! Trouxeram algum elogio, uma palavra de carinho. Essa é uma das coisas que eu vou levar para sempre na minha memória.

Língua solta
Como bom comunicador que é, Tadeu Schmidt gosta de trocar ideias durante horas e horas. Em um programa ao vivo, no entanto, essa possibilidade ganha alguns entraves diante do tempo contado de vídeo. “Curto muito o papo com os participantes. Não dá tempo de ficar conversando tanto – por mim, a gente faria 20 minutos só de conversa – mas eu acho o maior barato, adoro”, explica.

Essa relação, que vai crescendo ao longo da temporada, é observada com atenção por Tadeu. No “BBB 23”, ele seguirá com o desafio de não se envolver pessoalmente com a disputa entre os participantes. “Foi um desafio que eu criei para mim. Me impus mesmo. Quero ser justo. Me preocupo em não interferir no jogo, em apenas coordenar as dinâmicas para que elas fluam bem”, aponta.

Regras novas
Tadeu Schmidt está tendo de reaprender as regras do jogo na nova temporada do “Big Brother Brasil”. Para movimentar a competição, o “BBB 23” conta com novos recursos, como o “Poder Coringa”. A estratégia dá vantagem a um jogador toda semana. Antes das compras, um benefício ou jogada diferente no game aparece à disposição dos confinados. São várias as possibilidades, mas apenas um participante pode usufruir do poder. Dentro do confessionário, cada confinado determina quantas estalecas está disposto a pagar para arrematar o privilégio. Ao final dos lances, o resultado é divulgado para todos. “Acho que vai ser muito interessante. Dá mais recursos para o jogo”, afirma.

Além disso, a premiação final ainda é desconhecida, mas será a maior de toda a história do programa. O valor pago como recompensa ao vencedor pode aumentar durante a temporada, e todos devem colaborar para que o prêmio seja o maior possível. “É um ineditismo o prêmio ir mudando durante a temporada. Isso é uma grande novidade, nunca teve, e vai ser muito legal! Vai mexer mais ainda com os participantes”, aposta.

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