REALITY

No comando do "Top Chef Brasil", Felipe Bronze exalta intensidade da competição; confira entrevista

O programa da Record passa todas as quartas e quintas, às 22h45

Felipe BronzeFelipe Bronze - Foto: Divulgação

              Felipe Bronze gosta de ver o circo pegar fogo. Apresentador e jurado do “Top Chef Brasil”, da Record, ele assume que a dinâmica mais exigente e o fato de a produção ser o único reality de culinária a confinar os competidores dão um gostinho mais divertido à disputa. “O confinamento é uma forma de todo mundo manter o foco e ignorar o que se passa fora do programa. Além disso, tem o poder de azedar um pouco as relações. Tem muita gente que fica amiga dentro da casa e isso, para mim, é uma contradição. Afinal, o título é apenas para uma pessoa”, avalia, entre risos.

              Carioca e torcedor do Fluminense, Bronze é formado pelo Culinary Institute of America, conceituada escola de culinária com sede em Nova Iorque. Há alguns anos, ele se divide entre a administração e as cozinhas de seus restaurantes com a agenda televisiva, onde estreou no bem-sucedido quadro “Mago da Cozinha”, exibido pelo “Fantástico”, em 2012. Ao longo da carreira no vídeo, também ficou conhecido pelas produções do canal pago GNT, como “The Taste”, “Perto do Fogo” e “Que Seja Doce”.

              “Sou um grande entusiasta desta combinação da televisão com a gastronomia. Os programas do gênero seguem muito fortes. O público quer se informar melhor sobre o tema e é muito bom poder mostrar mais desse setor, apresentar as pessoas por trás de todo o processo”, garante o chef de 45 anos e que, atualmente, segue no comando dos restaurantes Pipo e Taraz, localizados em São Paulo, e Oro, no Rio de Janeiro. “A tevê aberta é uma lupa tremenda no universo da divulgação do meu trabalho fora da tevê. Recebo muita gente querendo entender as ideias que são faladas nos programas. Depois que provam os pratos, compreendem melhor o conceito de acidez ou textura”, empolga-se.

 Você está no comando do “Top Chef Brasil” desde o início do projeto, em 2019. O que mais o atrai na competição?

O fato de ser um reality show de verdade. Às vezes, quem assiste fica pensando: “mas é assim mesmo? É de verdade?”. A resposta é sim. É uma competição real entre pessoas, com todos os sofrimentos e empatia que as dinâmicas podem oferecer. Acho que o grande diferencial do programa é esse potencial dos participantes.

Em que sentido?

De agregarem com suas vivências e realidades, sem firulas. A gente pode fazer o mesmo programa 50 anos seguidos que serão 50 programas diferentes. Porque são pessoas diferentes. Conta muito para a gente os objetivos futuros de quem topa participar. É dessa forma que sabemos que ninguém vai desistir tão fácil.

A aposta do programa é em uma dinâmica de muita pressão. Como isso se desenvolve na atual temporada?

Não temos uma competição em banho-maria. Gostamos de alta temperatura. A gente tira o participante da zona de conforto e quer ver o melhor dele. É engraçado que identificamos ao longo das primeiras temporadas que se o formato salvasse três ou quatro em provas em equipe, talvez você premiasse quem não se arrisca. Se a pessoa é esperta no jogo, ela vai se desenvolvendo de forma mediada, sem se arriscar muito, escapando dos desafios de eliminação.

E como o programa passou a driblar esse tipo de conduta?

Fazendo o participante entender que ao se arriscar e for bem, ele ganha um poder na competição. Queremos premiar quem está no teste de fogo de uma forma que possa influenciar esse desempenho.

Qual conselho você dá aos participantes para que eles tenham uma boa temporada?

Sempre falo que tudo pode ser uma virtude e se tornar um defeito. O negócio é o poder de adaptação do chef. A gente quer ver evolução das pessoas. Quem é capaz de sair da mesmice sem perder a alma, a impressão digital como cozinheiro. A gente quer ver além das suas habilidades. Por sorte, cada temporada nos traz chefs à altura desse comprometimento.

 

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