O forró como Patrimônio Imaterial é tema de poesias de Wilson Araújo
Poeta maranhense de alma pernambucana tem seus poemas publicados semanalmente no Portal Folha de Pernambuco
PATRIMÔNIO IMATERIAL BRASILEIRO
forró
forrobodó
forroBodocó
forroBodocongó...
e tome fluxo
em que Exu é o eixo
forrÅBOdó
Wilson Araújo de Sousa (WAS)
CHICO
O Chico
é fuxico!
Quantos sambas bonitos
amando ritas
numa linhagem
que faz viagem
com madalenas,
januárias, carolinas...
E então foi buscar o lugar
certo de colocar um (belo!) samba
fora do lugar:
“Essa moça tá diferente
já não me conhece mais
está pra lá de pra frente
está me passando pra trás”.
Mas o tempo vai, mas o tempo
vem pro templo do samba.
E o que quer o samba?
“Amar uma mulher sem orifício”!
Chico é fuxico!
Como o Chico é do ofício!
Mas “amar uma mulher sem orifício”!?
Chico! Francisco!
E aquelas dentro daquela aquarela
em que não querem querelas
com o Chico Buarque?
Batuque, toque
para as fãs incondicionais num vário
tão vasto e que nunca devasta:
nenhuma abdica de Chico!
Amar uma mulher sem orifício, Chico? É fuxico!
Wilson Araújo de Sousa (WAS)
TESSITURA DA FOSSA
meta
amor
fossa
amor
tece
dor (disse alguém)
tece a tessitura
do samba triste
de fim de noite
acontece o samba canção
que chora tua tristeza
com a lágrima-flor da obsessão
Wilson Araújo de Sousa (WAS)