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O futuro permanece sombrio no filme 'Blade runner 2049'

Produção entra em cartaz nesta quinta-feira (5) nos cinemas e dá continuidade às questões da obra lançada em 1982

Cena do filme "Blade Runner 2049"Cena do filme "Blade Runner 2049" - Foto: Divulgação

É interessante notar como o avanço da tecnologia afetou o cinema de Hollywood. Refilmagens de filmes de sucesso comprovado, como "Planeta dos macacos" e "Star Wars", são em parte guiadas por um aprimoramento tecnológico que permite retornar a esses universos e recriar com maior precisão e fascínio detalhes que antes se perdiam em procedimentos rudimentares de direção de arte e efeitos especiais.

Consulte as opções de sessões legendadas e dubladas no Grande Recife. 


Para alguns diretores, a vontade de voltar a um determinado filme parece estar atrelada também a uma ideia de permanência: assuntos que seguem relevantes, temas que continuam desafiadores. Estreia nesta quinta-feira (5) "Blade runner 2049" - no ano em que o livro que inspirou o filme, "Androides sonham com ovelhas elétricas?", escrito por Philip K. Dick, completa 50 anos de publicação -, continuação do longa-metragem lançado em 1982, dirigido por Ridley Scott.

O filme original tinha um perfil de filme policial e ficção científica, baseado em temas vastos como discussões existenciais sobre futuro, identidade, implicações do avanço tecnológico, natureza humana. São assuntos que seguem importantes na nova versão, mas talvez achatados em uma história mais plana - mesmo com duração de 2h40. No enredo, K (Ryan Gosling) é um Blade Runner, caçador de modelos antigos de replicantes. Por acaso, ele desenterra um antigo segredo que pode afetar toda a humanidade.



Aos poucos, suas investigações revelam as linhas tênues que separam humanos e seres gerados por tecnologia. O filme avança com ritmo gradualmente mais melancólico e soturno, como um pesadelo sobre um futuro tecnológico e trágico. A certa altura, Deckard (Harrison Ford) aparece na história e o sentimento é de chances pouco aproveitadas. Um dos pontos fortes do filme é seu visual, uma ideia lúgubre e desestruturada de futuro.

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O diretor Denis Villeneuve vem se estabelecendo como uma voz intrigante do cinema contemporâneo. Depois de "Os Suspeitos" (2013) e "A Chegada" (2016), o canadense prova ser capaz de a partir de gêneros específicos - suspense, ficção científica - crescer seus enredos para além dos limites, apresentando novas e desafiadoras propostas de histórias e personagens. Este novo "Blade runner" não é diferente.

Cotação: bom

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