"O silêncio não é opção", diz atriz demitida da franquia "Pânico" por comentários sobre guerra
Melissa Barrera, de 33 anos, repetiria o papel de Sabrina Carpenter em "Pânico VII"
A atriz e cantora Melissa Barrera se pronunciou diante da notícia de que ela havia sido demitida do próximo filme da franquia "Pânico" por conta de seu posicionamento sobre a guerra que envolve Israel e Hamas. Barrera postou um texto nos stories de seu perfil no Instagram para se defender das acusações de antissemitismo e disse que, apesar da repercussão, não pretende se calar.
"O silêncio não é uma opção pra mim", escreveu a atriz. Ela explicou que sua origem mexicana aumenta sua conscientização sobre "dar voz aos necessitados" e reforçou que "nenhum governo deveria estar acima de críticas".
Barrera vem se manifestando com frequência e contundência sobre o conflito na Faixa de Gaza. Recentemente, ela escreveu em suas redes sociais que “Gaza está sendo tratada atualmente como um campo de concentração” e classificou como "genocídio" e "limpeza étnica" o que vem ocorrendo região.
Além do papel de Sabrina Carpenter nos últimos dois filmes da franquia "Pânico", Melissa Barreira, que tem 33 anos, é conhecida por seus papéis na série "Club de Cuervos" e na novela mexicana "Perseguidos".
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Veja o texto completo:
"Em primeiro lugar, condeno o antissemitismo e a islamofobia. Condeno o ódio e o preconceito de qualquer espécie contra qualquer grupo de pessoas.
Como latina, mexicana orgulhosa, sinto a responsabilidade de ter uma plataforma que me permite o privilégio de ser ouvida e, por isso, tenho tentado usá-la para aumentar a conscientização sobre questões que me interessam e para emprestar minha voz aos necessitados.
Todas as pessoas nesta terra - independentemente da religião, do tato, da etnia, do gênero, da orientação sexual ou do estatuto socioeconómico - merecem direitos humanos iguais, dignidade e, claro, liberdade.
Acredito que um grupo de pessoas não é a sua liderança e que nenhum órgão de governo deve estar isento de críticas.
Rezo dia e noite para não haver mais mortes, que não haja mais violência e que haja uma coexistência pacífica. Continuarei a falar em nome daqueles que mais precisam e a defender a paz e a segurança, os direitos humanos e a liberdade.
O silêncio não é uma opção para mim"