Videoarte do pernambucano Pedro Muniz integra mostra do "Arte como Respiro: Artistas Visuais
Recorte do projeto também traz obras de Videoarte e Experimentação de Rondônia, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina
A partir desta quinta-feira (7) até o dia 7 de novembro o Festival Arte como Respiro – Edição Artes Visuais apresenta a quarta e última mostra de obras audiovisuais selecionadas no “Arte como Respiro: Múltiplos Editais de Emergência”.
O recorte, desta vez, traz obras de Videoarte e Experimentação, incluindo as do pernambucano Pedro Muniz disponíveis no site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br).
Além de Pernambuco, os estados de Rondônia, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina também têm artistas contemplados nesta etapa da mostra, a última delas, totalizando quatro - o que representou a exposição de 44 audiovisuais e 200 trabalhos contemplados.
Os demais projetos – 60 fotográficos e 96 obras de artes visuais – serão publicados em um volume digital no mês de dezembro.
As três mostras anteriores, cuja exibição foi iniciada em setembro com trabalhos dos selecionados na categoria Produção Artes Visuais, foram “Corpo e Performance, Espelho do Cotidiano, Espaço de Criação e Identidades: Reconhecer e Resistir” e ainda podem ser acessadas até os dias 2, 9, e 16 de outubro, respectivamente.
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Videoarte e Experimentação
Nesta quarta mostra as obras refletem sobre os aprendizados e os sentidos que as pessoas tiveram que ter e criar subitamente, pelo isolamento imposto. Um tempo de ressignificação e experimentação, de ócio, exercício de paciência e criação.
Com obras em diferentes mídias e linguagens, a mostra abre com “Goma, das cariocas Marina Lima e Viniele Lopes. De São Paulo vem a obra-instalação de Felipe Lion Salles Souto, “Rotundo”, que inova ao recriar de forma poética o voo de um pássaro usando imagem impressa, maquinário e filme em stop motion.
Já “O Interior de Todas as Coisas é Infinito”, do também paulista Lucas Lopes (SP), reúne em sua composição arame, lã, porcelana fria, pintura aquarela, papel vegetal e tempo – culminando em um olhar para todas as casas, pessoas, riscos e pessoas e seus riscos.
Pernambuco é exibido com as experimentações sensoriais do vídeo “Toque”, de Pedro Muniz - um clipe feito em dois dias em colaboração com amigos que contribuíram, de suas respectivas casas, com música e imagens.
A obra de Pedro transpõe e esbarra no sentimento de angústia da falta. Uma dança intangível, na qual as mãos se transpassam, se comunicam, mas ao mesmo tempo faz alusão ao desejo de algo que não pode ser concretizado em valorização da saúde coletiva.
Falando sobre o que é volátil, porém que está ao alcance dos olhos, Tomás Vega (SP) traz “Suspensão”, com um olhar sensível para captar frestas de luz e sombra em um fluxo infinito e as cariocas Ilana Paterman em “Olhe-se” e Marianne Donner em “Banho”, trazem o híbrido de pintura em aquarela e animação em stop motion.
A vídeo-performance “CRU” reproduz a batida entre dois carros dirigidos pela artista Paula Garcia (SP) e por uma dublê profissional. E de Santa Catarina a obra “A Fabriqueta”, de Diego de Los Campos, projeto “Desenhos a um Real” que, desde 2006, consiste em fazer desenhos em menos de três minutos para serem vendidos por um real, integram a mostra.
E tomando a liberdade do tempo para sentir, escutar e refletir, os vídeos “Te Deixo”, do cearence Valentino Cabanillas, Frente & “Verso”, da paraense Maria Christina, “Imersos”, do baiano Girlan Souza Tavares, e “A Morte da Imagem”, da rondonense Raissa Dourado, trazem universos monocromáticos e atemporais.
Completam o recorte desta etapa da mostra “Em Para que eu seja Utopia”, Júlia de Oliveira, Virna Bemvenuto e Erick Borring, do Rio de Janeiro.
Serviço
Festival Arte como Respiro – Edição Artes Visuais
Mostra 4 – Videoarte e Experimentação
De 7 de outubro a 7 de novembro em www.itaucultural.org.br
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