Exposição

"Ocupação Lia de Itamaracá" debate racismo na Cultura Popular e lança catálogo nesta quarta (14)

Lia e representantes do meio cultural, acadêmico, político e da gestão pública participarão do encontro, aberto ao público, dia 14 de junho, no Paço

Lia de Itamaracá, cirandeiraLia de Itamaracá, cirandeira - Foto: Ytallo Barreto

No Paço do Frevo até o dia 21 de junho, Ocupação Lia de Itamaracá — que exalta o universo simbólico e a trajetória de uma das mais importantes mestras da cultura popular brasileira — promoverá nesta quarta-feira (14), às 15h, a roda de diálogo “O Racismo na Cultura Popular - Reflexões e Proposições”.

Estarão representantes do meio cultural, acadêmico, político e da gestão pública num debate que marca o lançamento do catálogo da exposição, distribuído de forma gratuita aos presentes. Os interessados devem se inscrever por meio de formulário, neste link.

Para a roda de diálogo, estão confirmadas as presenças de Lia de Itamaracá; do seu produtor e empresário, Beto Hees; da professora doutora e ialorixá Mãe Denise Botelho; de Fabiano Santos, presidente da União dos Afoxés de PE e do Afoxé Alafin Oyó, membro da comissão de Cultura da OAB; Lenne Ferreira, jornalista e produtora cultural; e Geisa Agrício, gerente de Desenvolvimento Institucional do Paço do Frevo. A mediação será de Michelle de Assumpção, curadora da Ocupação Lia de Itamaracá e autora de sua biografia.

“Eu sempre encarei de frente o racismo, ele sempre existiu, mas eu nunca baixei minha cabeça. E é o que digo a todas que enfrentam esse problema: seja mais você, se fortaleça e encare”, reflete Lia de Itamaracá, que chega a tratar do assunto em entrevistas que foram levadas à mostra, no Paço do Frevo.

Catálogo
O catálogo da exposição foi construído a partir dos eixos que nortearam a Ocupação, que compreendem o Território, a Casa, a Raça e a Trajetória da artista. A ilha de Itamaracá é o fio condutor dessa história que deixa o registro de todo o processo da mostra.

A publicação é composta por fotos do espaço expositivo e por retratos da artista feitos pelo fotógrafo Ytallo Barreto, que tem acompanhado de perto a trajetória de Lia. Traz ainda uma série de textos sobre a cirandeira, não apenas celebrando um importante momento da sua carreira, mas constituindo uma memória de sua longeva e fascinante história de vida e obra.

Websérie
No mesmo dia, vai ao ar o sexto e último episódio da série “Quem me deu foi Lia”, com lançamento no Youtube do Paço do Frevo. No capítulo , as culturas paraense e pernambucana se misturam. É a vez da Rainha do Carimbó chamegado, Dona Onete, falar sobre a influência que a mestra da Ciranda exerceu em sua vida.

Ambas são mulheres negras referências da cultura popular, que ousaram quebrar regras, fortalecendo e espalhando a cultura e a identidade de seus territórios e origens exaltados nas canções, nos ritmos e também nas vestimentas. Tal representatividade as colocou como tema de duas ocupações simultâneas em cartaz e sucesso de público: a Ocupação Dona Onete, no Itaú Cultural (São Paulo), e a Ocupação Lia de Itamaracá, no Paço do Frevo (Recife). A websérie tem patrocínio do Itaú e da Rede e o apoio cultural e financeiro do Itaú Cultural.

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