Oscar 2025: "Emilia Pérez" lidera a disputa, seguido por "O Brutalista" e "Wicked"
O longa-metragem que representa o Brasil na disputa pela estatueta, "Ainda Estou Aqui", carrega três indicações na premiação
O filme francês "Emilia Pérez" lidera as indicações para o Oscar 2025, disputando 13 categorias, entre elas a de melhor filme, melhor filme internacional, atriz e atriz coadjuvante.
O épico "O Brutalista" e o musical "Wicked" ficam logo atrás de "Emilia Pérez", com 10 indicações cada um.
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Em seguida, com oito, estão a cinebiografia de Bob Dylan, "Um Completo Desconhecido", e "Conclave", thriller sobre a escolha de um novo papa estrelado por Ralph Fiennes.
"Duna - Parte 2", "Anora" e "A Substância" vêm em seguida, cada um com cinco indicações. Nosferatu vai concorrer em quatro categorias, todas elas técnicas.
Assim como "Ainda Estou Aqui", "Sing Sing" e "Robô Selvagem" tiveram três indicações. Concorrendo em duas categorias, "O Aprendiz", "Flow", "Nickel Boys" e "A Verdadeira Dor" fecham a lista de principais indicados.
Um dos filmes mais comentados da temporada, "Babygirl", estrelado pela atriz Nicole Kidman, ficou de fora da premiação, e "Maria Callas", protagonizado por Angelina Jolie, vai concorrer apenas a um prêmio técnico, melhor fotografia, mesma situação de produções como "Alien: Romulus" e "Planeta dos Macacos: O Reinado".
Surpresa
As indicações de "Ainda Estou Aqui" e Fernanda Torres repercutiram na imprensa internacional. Mesmo tendo previsto que Torres estaria entre as concorrentes a melhor atriz, a revista Variety classificou tanto a indicação da brasileira quanto a vaga do filme de Walter Salles na categoria de melhor filme como surpresas.
"Depois de surpreender com uma vitória de melhor atriz no Globo de Ouro, o ímpeto de Torres só aumentou. À medida que os votantes da Academia se interessaram pelo drama brasileiro, surgiu uma onda de apoio dos fãs nas mídias sociais. Agora, Ainda Estou Aqui é um dos poucos longas-metragens em língua estrangeira a receber uma indicação para o Oscar", escreveram os jornalistas J. Kim Murphy e William Earl.
Já o The New York Times destacou como a conquista de Fernanda Torres no Globo de Ouro pode ter ajudado nas indicações do filme brasileiro.
"Será que Ainda Estou Aqui teria desempenho tão bom se Torres não tivesse vencido?", questionou o crítico Kyle Buchanan. Para ele, também a vitória de Demi Moore no Globo de Ouro, na categoria comédia, pode ter sido decisiva para a indicação da atriz americana para o Oscar.