Pabllo Vittar faz mistério sobre 'faixas secretas' do seu novo disco, "Batidão Tropical Vol. 2"
Com participações de Gaby Amarantos, Taty Girl, Will Love e Maderito, novo álbum da drag queen continua a reverenciar o cancioneiro popular do Norte e Nordeste dos anos 1990 e 2000
Envolto por grande expectativa – alimentada pela própria artista, por sinal, em sua estratégia de divulgação, pelas redes sociais –, finalmente chegou às plataformas de streaming, nesta terça (9), “Batidão Tropical Vol. 2”, sexto álbum de Pabllo Vittar.
São 10 faixas, em que a drag queen volta a exaltar as regiões Norte e Nordeste do Brasil, trazendo como referências os sons que ela ouviu durante a infância e adolescência e que influenciaram a construção da sua persona artística.
No entanto, três faixas do disco – 8, 10 e 14 – ainda não estão liberadas. O mistério chamou a atenção dos ouvintes. São três singles pós-álbum que serão lançados ao longo do ano. No lugar das músicas, há mensagens de áudio de Pabllo interagindo com o público ouvinte.
Batidão, tecnobrega, tecnomelody e forró dão o tom da diversidade que Pabllo Vittar injeta, em releituras pop, no novo álbum. O disco conta com participações especiais de nomes como Gaby Amarantos, Taty Girl, Maderito e Will Love – ambos da Gang do Eletro.
Raízes
Em “Batidão Tropical Vol. 2”, Pabllo Vittar reverencia suas origens e, de lá, resgata sucessos populares no Norte e Nordeste brasileiros que bombaram nos anos 1990 e 2000 e que permearam sua infância e adolescência.
Nascido em São Luís do Maranhão, o pequeno Phabullo foi, ainda bebê, para o município de Santa Izabel do Pará, onde viveu até os 13, 14 anos de idade. De volta ao estado natal, o jovem fixou-se na cidade de Caxias. “Foi onde eu comecei a cantar nos programas de tevê, onde eu falei que é isso [o ofício de artista] que eu quero mesmo”, conta Pabllo sobre como os lugares que viveu influenciaram sua trajetória artística e o recorte que “Batidão Tropical” traz.
Foi no Maranhão e no Pará que Pabllo absorveu as diversas referências que desaguam no disco, sucessos radiofônicos populares nessas regiões, naquela época. “Tem brega, tecnobrega, tem melody, tem um pouquinho de reggae, da minha referência maranhense, tem muita coisa, tem muito forró também… Muito forró!”
O disco
“Batidão Tropical - Vol. 2” transcria, para as “paletas” pop de Pabllo, canções que versam sobre amores e paixões em suas diversas densidades. Abrindo o disco, “Pra te esquecer”, do repertório da banda Calypso, da qual fez parte a cantora Joelma.
Mas não só de músicas nacionais se faz o “Batidão Tropical - Vol. 2”. “Listen to your heart”, da banda sueca Roxette, se torna, mais de três décadas depois, “Pede pra eu ficar”, já lançada como primeiro single – e clipe – do novo álbum, em janeiro de 2024, na vibe piseiro.
O forró eletrônico está representado por canções como a antológica “Me usa”, sucesso da Banda Magníficos, de meados dos anos 1990, e “São amores”, do repertório do Forró do Muído. Também entra nesse bloco “Falta coragem”, parceria com a sergipana Taty Girl, que divide os vocais com Pabllo, em um dos vários feats do disco.
Do tecnomelody, Pabllo traz “Não Desligue o Telefone”, da banda Djavú, e “Ai ai ai mega príncipe”, da Banda Batidão. “Essas músicas que escolhi fizeram parte da minha vida. Eu até brinco que o ‘Batidão Tropical vol.2’ foi a trilha sonora da minha infância e da minha adolescência.Impressionante como elas não ficam datadas, elas são atemporais”, exalta Pabllo.
“Eu digo que ‘Batidão’ é uma coletânea, que vai se estender por toda a minha vida, intercalado com outros trabalhos”, pontua Pabllo. Além do disco, todas as faixas de “Batidão Tropical - Vol. 2” também ganharam visualizer, que podem ser conferidos no canal do Youtube da artista.
Feats
Pabllo Vittar não está sozinha no disco. “Eu tenho a honra de dividir os vocais com artistas do Norte e Nordeste do País que eu amo de paixão, que vieram para somar nesse projeto”, conta a artista sobre os feats de “Batidão Tropical - Vol. 2”.
A paraense Gaby Amarantos canta com Pabllo a faixa “Não Vou Te Deixar”. A música é uma regravação do repertório longínquo no tempo da própria Gaby. “Eu cresci ouvindo essa galera. Quando eu morava em Santa Izabel do Pará, ela [Gaby Amarantos] fazia muitos shows com a banda que ela era vocalista, a Techno Show.”
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Também do Pará, a Gang do Eletro marcou presença em “Batidão Tropical - Vol. 2”, em duas faixas. Na faixa “Rubi”, Pabllo faz um feat com Will Love. Já em “Não desligue o telefone”, a artista divide os vocais com Maderito. Ambos são do grupo paraense. “Ali, nos tempos de faculdade, eu já ouvia o barulho massa que eles estavam fazendo com o tecno brega, um som bem diferenciado”, relembra Pabllo.
Turnê
Na última semana, Pabllo começou a montar o show da turnê de “Batidão Tropical - Vol. 2”. Os ensaios com banda e balé já estão a todo vapor. Por ora, a artista guarda segredo sobre quando inicia a nova turnê. Em breve, ela avisa, será divulgada a agenda, com as datas e locais dos shows.
“Recife está no roteiro?”, perguntou este repórter que aqui escreve. “Com certeza que tá no roteiro! E eu sou o quê? Uma safada, pra não ir pra Recife? Quero já minha cadeirinha na frente da praia de Boa Viagem”, avisa Pabllo.