Paço do Frevo promove lançamento do livro "Frevo Vivo"
Publicação será lançada na sexta-feira (30), durante o Réveillon do Paço
Dentro da programaçao do Réveillon do Paço, na próxima sexta-feira (30), o Paço do Frevo promove o pré-lançamento do livro “Frevo Vivo” e o coloca disponível digitalmente para o público. A obra reúne 11 artigos escritos por pessoas ligadas ao Frevo, com abordagens e visões diferentes sobre os diversos aspectos que envolvem o gênero, além de uma apresentação do organizador da edição, o jornalista e pesquisador José Teles, e textos de Luciana Félix e Ricardo Piquet, diretor presidente do IDG - Instituto de Desenvolvimento e Gestão.
O livro “Frevo Vivo”, assim como a exposição de mesmo nome, mostra que o Frevo se expande e se recria tecendo novas narrativas, poéticas, estéticas e amplificando territórios de memórias e afetividades. O título traz vozes de autores e autoras que, em suas próprias vivências, confirmam que “o Frevo não convida, arrasta”. Entre os temas, estão as mulheres e o Frevo, o Frevo como uma dança urbana negra e histórias do Frevo e de terreiros no Carnaval.
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Abordando artes, música, dança, fotografia, artes plásticas, cultura e instituições, os 11 nomes que participaram do livro são: Eduardo Sarmento, Mário Ribeiro, Rebeca Gondim, Carmem Lélis, Júlio Vila Nova, Jefferson Figueirêdo, Amilcar Bezerra, Maestro Spok, Valéria Vicente, Leilane Nascimento e Nicole Costa. A seleção e curadoria de imagens é de Eric Gomes.
Segundo Teles, os artigos trazem temas diferentes, mas que convergem, que analisam, comentam ou historiam o Frevo, o passo ou as agremiações dessa manifestação popular profundamente identificada com o Recife, onde o Frevo começou a ser formatado por volta da última década do século 19. Ele lembra que, ao longo de todos esses anos, o Frevo teve momentos de glória, de altos e baixos, de ostracismo, mas nunca deixou de evoluir e se desenvolver absorvendo novos elementos. Por isso o Frevo é vivo.
"O livro 'Frevo Vivo' é um espelho do que o Paço do Frevo vislumbra como caminhos a serem percorridos pelo Frevo como Patrimônio Imaterial da Humanidade: uma manifestação cultural que, muito além do Carnaval, amplia seu alcance a territórios vários - o da festa, das periferias, das mulheres, das populações negras, da diversidade de corpos, das religiosidades e crenças, das suas potencialidades incontáveis. É uma honra podermos reunir tantos e diversos amantes do Frevo numa publicação com edição da Cepe e organização de José Teles", comenta Luciana Félix, diretora do museu.
"É uma honra e uma alegria para a Cepe participar das homenagens aos 10 anos de elevação do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. A homenagem é muito justa e atesta a força da cultura de Pernambuco no Brasil e no mundo. O Frevo é um ritmo único, que tem no Paço um dos seus mais importantes pólos de preservação. O livro contribui nesse sentido e a Cepe se sente ainda mais favorecida de ser incluída nesse grande esforço cultural", afirma Ricardo Leitão, diretor presidente da Cepe.