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Rock in Rio

Palco Sunset deverá ser ampliado no próximo Rock in Rio, diz Roberta Medina

Vice-presidente executiva do festival ressaltou a importância de ter dois palcos fortes no festival

Palco Sunset, o segundo maior depois do Palco MundoPalco Sunset, o segundo maior depois do Palco Mundo - Foto: Mauro Pimentel / AFP

Em um balanço sobre o Rock in Rio 2022, a vice-presidente executiva do festival Roberta Medina apontou o Palco Sunset, o segundo maior depois do Palco Mundo, como um dos maiores sucessos do festival. Segundo ela, o espaço teve a melhor curadoria deste ano. O que deverá trazer novas ideias para a próxima edição.

"A gente já está discutindo que precisa ampliar o Sunset", diz Roberta. "O Sunset cresceu, precisamos fazer alguma coisa. Em termos de estrutura física, a gente há vai pensando automaticamente em algumas mudanças. São coisas mais operacionais".

Ela vê o Sunset como um estágio para determinados músicos. E ressalta a importância de ter dois palcos fortes.

"Se o artista não estiver pronto (para o palco Mundo), isso pode até prejudicar a carreira dele. Tem um processo. Claro que vai ver artistas migrando". 

O Rock in Rio 2022 aconteceu próximo a uma eleição presidencial tensa. Segundo Roberta, o maior desafio da organização foi realizar um festival que unisse o público em um momento em que o país se mostra dividido.

"Acho que o que deu mais certo foi a paz e harmonia entre as pessoas", disse Roberta Medina. "Num momento do país muito rachado, difícil de conversas, e de repente você vê um lugar de milhares de pessoas, não é uma amostra pequena."

Roberta disse ainda que lado digital do evento funcionou bem, apesar da instabilidade da internet na Cidade do Rock, assim como no site dos ingressos virtuais.

"O ambiente digital foi incrível. Estávamos super tensos. Quando se avalia um evento de massa, tem que considerar problema algo grave ou que impacta muitas pessoas. Não tivemos registros assim. Foi superpositivo e veio para ficar".

Já em relação ao ônibus Rock Express, ponderou que foi feita uma rápida adaptação do primeiro para o segundo fim de semana.

"O desafio foi a população aderir no início. Para os próximos temos que trabalhar mais, já que muita gente veio com transporte de aplicativos. São carros, é trânsito". 

Sobre o som baixo, queixa constante dos shows do Sunset, a empresária disse que o palco foi calculado para uma certa dimensão de público, e que com mais pessoas o alcance do volume se torna mais baixo.

"Eu fui para o meio da galera para entender o que estava havendo. O som está direcionado para uma área e não pega além dela. Outra coisa é que a Rock Street está na frente dele, ele está programado para parar num determinado ponto. O que pode acontecer é o técnico gerir diferente [o som do palco], e nós não temos nenhuma gestão sobre isso".

Sobre a segurança, ela disse que o número de casos foi menor do que a última edição, e ressaltou que também há muitas perdas de objetos, como celulares, que não são roubos. Ela destacou também que as ações de sustentabilidade tiveram saldo positivo.

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