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Série

Para interpretar cigana em "No Mundo da Luna", Giulia Miranda recorreu a pesquisas na sua família

atriz paulistana revisita descendência cigana para criar personagem

Giulia Miranda Giulia Miranda  - Foto: Pupin + Deleu/Divulgação

Às vezes, personagens fazem seus intérpretes conhecerem mais sobre suas próprias origens. Giulia Miranda que o diga. Aos 24 anos, a atriz paulistana dá expediente na pele da cigana Marissol, de “No Mundo da Luna”, série da HBO Max. E, curiosamente, Giulia também tem ascendência cigana. Com isso, tratou de pesquisar informações sobre essa cultura não só em publicações e materiais de audiovisual, mas também na própria família.

“A preparação foi uma das partes mais especiais do processo. Me aprofundei muito na pesquisa sobre o tema para trazê-lo com todo o respeito e profundidade que essa cultura milenar merece. Me ajudou a entender mais sobre o universo da personagem e, principalmente, sobre mim, minha família e raízes”, enaltece.

Adepta das listas para tudo, Giulia também utilizou a escrita nessa fase. Criou um diário de Marissol, registrando tudo que vivia e suas considerações na etapa de construção da personagem. “Escrevi tudo sobre ela, seus gostos e passado. Pude mergulhar fundo nos significados e nas tradições representadas na série”, conta ela, que já conhecia a história quando teve a chance de participar dos testes para o elenco. “Gostava muito das obras da Carina Rissi, fiquei empolgada com as audições”, fala, referindo-se à escritora do livro que serviu de base para o texto da série, assinado por Ana Luíza Savassi e Paula Knudsen.

Na trama, Marissol está de casamento marcado e, mesmo sendo bem nova e até um pouco atirada, segue a cultura da família e aguarda, ansiosa, o dia do “sim”. Mas nem tudo é perfeito no conto de fadas da jovem. “O problema é que, bem no dia da cerimônia, ela descobre que talvez o noivo não seja quem imaginava”, explica. Para resolver o impasse entre fazer o que esperam dela ou seguir a própria intuição, Marissol pede ajuda à prima Luna, vivida por Marina Moschen.

“Ela recebe, das cartas, a resposta sobre o que o futuro reserva, caso decida insistir no casamento”, adianta Giulia, que poderá ser vista nos cinemas em março com o longa “Raquel 1:1”. “Gravei com a Valentina Herszage. Já rodou o mundo e chegou ao Brasil pela 46º Mostra Internacional de Cinema. É um filme forte, que aborda temas densos, como violência contra a mulher, religião e saúde mental”, avisa.

Nome completo: Giulia Miranda Monetta
Nascimento: 2 de julho de 1998, em São Paulo
Atuação inesquecível: “De todas as cenas que gravei, a mais inesquecível foi a do casamento da Marissol, quando o vestido pega fogo. Foi divertidíssimo. A discussão que está na série foi inteirinha no improviso”
Interpretação memorável: Lázaro Ramos no filme “Madame Satã”, dirigido por Karim Aïnouz e lançado em 2002.

“Lembro de ficar fascinada quando assisti e devorar tudo o que tinha de entrevistas e informações sobre a construção”.

Momento marcante na carreira: “Em 2022, realizei um sonho que sempre foi o mais esperado por mim: assistir a um filme em que atuei no cinema. ‘Raquel 1:1’ estreou na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e pude ver em um cinema da Avenida Paulista com o elenco, equipe, amigos e meus pais”.

Com quem gostaria de contracenar: “A lista é enorme e tenho inclusive escrita em casa. Algumas delas são Marieta Severo, Matheus Nachtergaele, Johnny Massaro, Lázaro Ramos, Marjorie Estiano, Leticia Sabatella e, a maior realização de sonho possível, Fernanda Montenegro”.

Se não fosse atriz, seria: “Na época de vestibulares, lembro de pegar uma folha e escrever todas as profissões que me interessavam. A primeira opção nem era atuação, era publicidade, seguida por artes cênicas, cinema, psicologia e jornalismo”.

Ator: Matheus Nachtergaele e Domingos Montagner. “As atuações do Domingos eram sempre cheias de potência e amo o fato dele ter vindo do circo e nunca ter abandonado a alma circense”.

Atriz: Fernanda Montenegro. “Da minha geração, pelo nível de entrega nas personagens, a Alanis Guillen e Valentina Herszage”.

Novela: O remake de “Pantanal”.

Vilão marcante: Felix, de Mateus Solano, na novela “Amor à Vida”, escrita por Walcyr Carrasco e exibida originalmente pela Globo entre 2013 e 2014.

Que novela gostaria que fosse reprisada: O remake de “Ti Ti Ti”, adaptado por Maria Adelaide Amaral e exibido originalmente pela Globo entre 2010 e 2011.

Que papel gostaria de representar: Capitu. “Sou completamente apaixonada por ela e pelo livro ‘Dom Casmurro’”.

Filme: “As Melhores Coisas do Mundo”, dirigido por Laís Bodanzky e lançado em 2010.

Autor: Machado de Assis.

Diretor: Laís Bodanzky.

Vexame: “Eu estava flertando com um cara na faculdade. Foi um daqueles momentos em que você só quer sumir. Fui fazer a misteriosa, olhando para baixo, e não vi o que tinha na frente. Bati direto com a cara no poste”.

Mania: “De listas. Faço para absolutamente tudo”.

Medo: “De tubarão. Meu irmão sabia tudo de tubarões e ficava botando medo em mim quando a gente ia à praia, contando quantos ataques tinham tido em cada uma”.

Projeto: “Com previsão de lançamento para 2023 e um marco para mim, o curta-metragem ‘Rua das Rosas’. Foi o primeiro projeto em que escrevi o roteiro e dirigi. Estou bem ansiosa”.

 

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