Paulinha Abelha: família ainda vivencia luto após um mês da morte da cantora
Vocalista da banda de forró Calcinha Preta morreu no dia 23 de fevereiro depois de complicações renais, hepáticas e neurológicas
A morte da cantora Paulinha Abelha aos 43 anos completa um mês nesta sexta-feira. Uma missa de 30 dias do falecimento da artista foi realizada ontem em Aracaju. A vocalista da banda de forró Calcinha Preta morreu no dia 23 de fevereiro, depois de complicações renais, hepáticas e neurológicas.
As homenagens começaram ainda nesta quarta-feira, no mesmo dia em que foi confirmada a morte de Paulinha. O viúvo da cantora compartilhou uma mensagem no Instagram e falou sobre esse período sem a esposa.
No dia anterior, ele contou nos stories que a cantora havia deixado uma música pronta e que seria lançada no dia 25. “Tenho certeza de que ela ficará muito feliz de entregar esse presente. A música é linda e é a cara dela. Será nossa eterna lembrança de como ela cativava, tinha seu brilho único que nunca será apagado". Disse ele na rede social.
Após passar mal durante a turnê da banda Calcinha Preta em São Paulo, a artista deu entrada em um hospital da capital sergipana com um quadro de problemas renais, no dia 11 de fevereiro. O que começou como um desmaio poucos dias antes terminaria levando a artista a um coma.
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A causa da morte de Paulinha ainda não está completamente esclarecida, mas um receituário médico com as substâncias usadas por Paulinha Abelha antes da sua internação e um laudo realizado no fígado da cantora apontam indícios para a possível causa da sua morte.
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Na última quinta-feira, a banda relançou a música "Paulinha", em homenagem à cantora. A canção, que tem o nome da artista foi feita a partir de uma carta de um fã quando a cantora anunciou seu primeiro casamento. O novo clipe da canção, já disponível no YouTube, tem imagens inéditas da cantora. Assista:
As imagens são de um show do Calcinha feito em dezembro do ano passado, em Belém, no Pará. O show inteiro será lançado em DVD no início do mês que vem.
A banda Calcinha Preta retomou os shows no último dia 11, no Maranhão. "Tem sido emocionante e muito difícil, mas ao mesmo tempo, quando a gente sabe que era aquilo que ela gostava de fazer, estar com o público, superamos a dor", disse DiAssis, empresário da banda, à TV Sergipe.
Nascida em Alagoinhas, Bahia, Paula de Menezes Nascimento Leça Viana se mudou muito nova para Simão Dias, cidade de pouco mais de 40 mil habitantes do interior de Sergipe, onde começou a cantar aos 12 anos em corais de igreja e trios elétricos. Ainda jovem, fez parte das bandas Flor de Mel e Panela de Barro, mas precisou interromper a carreira por dificuldades financeiras. O apelido "Abelha" foi herdado do pai, a quem todos se referiam assim.
Sua trajetória no Calcinha Preta começou em 1998, quando entrou por indicação de Daniel Diau, cantor que havia ingressado recentemente na banda. Com o Calcinha Preta, Paulinha participou de gravações de sucesso, como "Louca por ti", "Ainda te amo", "Baby doll" e "Liga pra mim", em mais de 20 álbuns gravados com o grupo. Também ficaram marcadas as idas e vindas de Paulinha Abelha no Calcinha.
Sua primeira saída da banda foi em 2010, quando trocou o grupo pelo GDO do Forró, mas voltou meses depois. No mesmo ano, ela arriscou um projeto ao lado de Marlus Viana, seu marido à época, que acabou não dando certo, o que fez com que ela retornasse ao Calcinha Preta. Paulinha saiu do grupo em outras duas oportunidades, em 2016, mas voltou em 2018, permanecendo desde então.
Os médicos responsáveis pelo acompanhamento de Paulinha Abelha disseram que a artista morreu "em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico". No entanto, as causas da morte da cantora ainda são investigadas pela equipe médica responsável pelo tratamento. Um receituário médico com as substâncias usadas por Paulinha Abelha antes da sua internação e um laudo realizado no fígado da cantora apontam mais indícios para a possível causa da sua morte.
Segundo uma reportagem do "Domingo Espetacular" exibida no dia 6 de março, o exame indicou uma necrose que poderia corresponder a uma “injúria hepática induzida por medicamentos”. Já a receita, fornecida pela própria nutróloga da artista, indica 17 substâncias que, combinadas, poderiam ter sobrecarregado o funcionamento do seu fígado.