Paulo Perdigão, sambista carioca radicado no Recife, morre aos 70 anos
Músico e artista plástico criou a Mesa de Samba Autoral
Carioca radicado no Recife, o sambista Paulo Perdigão morreu nesta terça-feira (28), aos 70 anos. O artista havia recebido o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa que afeta o sistema nervoso. Ele estava em tratamento, mas não resistiu, falecendo em casa, sob os cuidados do seu filho Paulo Júnior e da sua esposa Luzia.
O velório de Perdigão será realizado ainda nesta quarta-feira (29), a partir das 14h, no Cemitério da Várzea, na Zona Oeste do Recife. No mesmo local, será sepultado o corpo do músico, às 16h30.
Perdigão nasceu em 3 de julho de 1953, no bairro de Coelho Neto, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele vivia em Pernambuco desde 1994. Por aqui, ele gravou uma demo autoral contendo oito sambas, sendo figura frequente entre as atrações de eventos locais, como o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) e o Carnaval do Recife.
Leia também
• Janeiro de Grandes Espetáculos divulga programação da sua 30ª edição; confira os destaques
• Retrospectiva Spotify 2023: saiba quais músicas e artistas foram mais ouvidos
• TV Brasil comemora 50 anos de carreira de Alcione com especial inédito
Ainda muito jovem, Perdigão começou a compor para festivais de música estudantil e chegou a fazer parte da ala de compositores da extinta escola de samba G.R.B.C Unidos de Edson Passos, convivendo com grandes sambistas da Baixada Fluminense. Além de compositor e intérprete, ele era artista plástico e ativista.
Morando no Recife, o artista criou em 2005, junto a outros compositores, o Movimento dos Compositores Sambistas de Pernambuco, assinando o manifesto “Somos Sambistas Pernambucanos”. Ele fundou e dirigiu ainda a Mesa de Samba Autoral, roda de samba voltada a difundir a música de artistas do Estado, e estava produzindo um documentário sobre a entidade.
"É com tristeza que recebemos a notícia do falecimento do sambista Paulo Perdigão, nesta quarta-feira, 29. Carioca radicado no Recife, Paulo era um artista muito atuante na cena cultural de nosso Estado, com sua produção autoral e também como intérprete. Ativista do samba, Paulo deixa um legado de alegria, criatividade, coletividade e parceria", escrevu Cacau de Paula, Secretária de Cultura do Governo do Estado de Pernambuco.