Pernambucana Micheliny Verunschk é finalista do Prêmio Oceanos 2024; veja lista
Os nomes foram escolhidos entre 60 semifinalistas, 30 de prosa e 30 de poesia, eleitos entre 2619 obras inscritas
Micheliny Verunschk, escritora e poeta pernambucana, está entre os cinco brasileiros indicados entre os 10 finalistas do Oceanos –Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa.
Com a eleição de dez finalistas, a premiação chega à sua última fase. Os nomes foram escolhidos entre 60 semifinalistas, 30 de prosa e 30 de poesia, eleitos entre 2619 obras inscritas. O júri intermediário do Prêmio Oceanos escolheu cinco finalistas em cada categoria.
Os dois vencedores do Prêmio - um na categoria prosa, outra na de poesia - serão conhecidos no dia 5 de dezembro. A cerimônia de anúncio dos dois vencedores será realizada no auditório do Itaú Cultural, em São Paulo. Mais informações podem ser conferidas no site da Associação Oceanos e no perfil do Instagram @oceanospremio.
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Brasileiros finalistas
Micheliny Verunschk disputa o prêmio na categoria prosa com o paraense Airton Souza, o paulista João Silvério Trevisan. Além deles, o carioca Juliana Krapp e o baiano Rodrigo Lobo Damasceno foram indicados na categoria poesia.
Completam a lista de indicados dois cabo-verdianos (Germano Almeida, na prosa; José Luiz Tavares, na poesia); um moçambicano (Álvaro Taruma, na poesia) e dois portugueses (Hélia Correia, na prosa; Nuno Júdice, na poesia).
Pluralidade de autores
O Oceanos evidencia o caráter plural e internacional do Prêmio. Além desse alcance, revela-se também um rico leque temático e uma notória abrangência estilística.
Os romances se voltam a épocas distintas, situando-se em passado histórico mais remoto (o século XIX do livro do cabo-verdiano Germano Almeida) ou mais recente (o garimpo em Serra Pelada, na década de 1980, no livro de Airton de Souza).
Tratam também de tragédias sociais, como faz o livro de Micheliny Verunschk, e de dramas pessoais e existenciais, como ocorre no romance autobiográfico de João Silvério Trevisan. Já a tendência à mescla entre realidade e fantasia se encontra nos contos de Hélia Correia, que, no entanto, também apresentam uma visão crítica acerca de um mundo que desumaniza.
Na poesia, tem-se a transcendência e a investigação dos mistérios da poesia nos poemas de Nuno Júdice, ao lado do olhar para uma realidade concreta, injusta e opressora nos livros de Álvaro Taruma, José Luiz Tavares e Rodrigo Lobo Damasceno.
Embora todos esses problematizem a própria poesia, o livro de Juliana Krapp enfatiza esse aspecto, ao pôr em cena o fascínio e os riscos de se conhecer e manusear a linguagem.
Sobre o Prêmio
O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), pelo Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio do Banco Itaú, da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa.
A premiação tem apoio do Itaú Cultural, da Biblioteca Nacional de Moçambique e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde; e o apoio institucional da CPLP. O Prêmio Oceanos é administrado pela Associação Oceanos em parceria com o Itaú Cultural.
Confira as obras finalistas:
Prosa:
Caminhando com os mortos (Micheliny Verunschk) Companhia das Letras
Certas raízes (Hélia Correia) Editora Relógio D’Água
Meu irmão, eu mesmo (João Silvério Trevisan) Alfaguara
Os infortúnios de um governador nos trópicos (Germano Almeida) Editorial Caminho
Outono de carne estranha (Airton Souza) Editora Record
Poesia:
Criação do fogo (Álvaro Taruma) Alcance Editores
Limalha (Rodrigo Lobo Damasceno) Corsario-satã
Perder o pio a emendar a morte (José Luiz Tavares) The poets and dragons Society
Uma colheita de silêncios (Nuno Júdice) Dom Quixote
Uma volta pela lagoa (Juliana Krapp) Círculo de poemas