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Política Cultural

Pernambuco tem três projetos selecionados no 19º Rumos Itaú Cultural

De 580 inscritos, três foram selecionados e outros cinco, cuja produção tem à frente outras localidades, devem impactar o Estado

Acervo RecordançaAcervo Recordança - Foto: Ju Brainer/Divulgação

Dos 580 projetos de Pernambuco inscritos para a 19ª edição do Rumos Itaú Cultural, três foram selecionados e outros cinco, cuja produção tem à frente outras localidades, devem impactar o Estado. A seleção, anunciada em coletiva nesta quarta-feira (16) pelo Itaú Cultural - idealizador do Rumos - veio após adiamentos em face da pandemia do novo coronavírus.

Entre os resultados, uma tendência de pesquisadores e artistas que se voltaram para recortes que rondam o cotidiano atual, a exemplo de temáticas como negritude, feminismo e acessibilidade, foi observada. Para a 19 edição, foram recebidos 11.246 projetos de todo o País e selecionados 91, contemplando todas as regiões.

Sobre o adiamento do processo de seleção por causa da pandemia, de acordo com Eduardo Saron, diretor da instituição, havia duas opções: cancelar a edição do Rumos ou adequar e seguir com a análise dos projetos, focando nos que seriam viáveis para execução diante da situação atual trazida pelo surto da doença.

“Quando começamos o processo de seleção dos inscritos, o mundo era outro, não havia sinal da Covid-19. Optamos em construir uma solução e debatê-la com a Comissão de Seleção e isso nos deu a certeza de que deveríamos seguir, tendo em vista a possibilidade de apoiar a produção de projetos, mesmo dentro das restrições impostas pelo surto pandêmico”, pontua Saron.

 

Questões avaliadas

Nesta edição do Rumos, além das questões relacionadas ao negro, ao feminismo, ao índio e à acessibilidade, vale ressaltar que houve também uma crescente na pluralidade das áreas em que os projetos foram pensados.

"O Rumos continuou, só que de outra forma. Em concomitante, o Itaú Cultural criou outros vários editais e um palco virtual no seu site, para também acolher essas manifestações culturais. Isso tudo exigiu uma movimentação e um empenho grande por parte da instituição”, conta Eduardo Saron.

Ele explica que a prioridade foi de projetos que poderiam ocorrer de forma menos presencial possível. “O cenário continua turbulento. Por isso, a nossa opção em buscar projetos que pudessem acontecer em situação de suspensão social. Esse foi o nosso grande desafio, que envolveu muita conversa com a comissão e com os parceiros. Infelizmente, projetos maravilhosos ficaram de fora, porque só poderiam ocorrer presencialmente”, frisa.

Inscrições 

Outra ressalva diz respeito ao percentual de projetos inscritos advindos das capitais (70%) e de outras cidades (27%). E com exceção do Amapá, todos os estados do País e o DF, tiveram propostas contempladas.

Mas, embora o Amapá não tido projeto selecionado, não vai deixar com isso de receber os impactos de trabalhos de outras unidades da federação, como por exemplo “Oneidr Bastos - 60 anos de Canto Amazônico”, cujo proponente tem origem em São Paulo.

Pernambuco 

De Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), “ Frevo às Cegas”, proposto por Danielle França, foi um dos selecionados. Com temática na dança e recorte na acessibilidade, a ideia é que haja impacto em todo o Estado.

De Igarassu, também na RMR, a “ Turnê O Som das Baquetas”, proposta por José Emerson, também pretende impactar com a temática da música, Pernambuco como um todo.

Do Recife, o projeto “ Reconectando s Própria História - Acervo RecorDança, de autoria de Alice Moreira de Melo, foi contemplado.

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