HUMOR

Porta dos Fundos cancela especial de Natal e, no lugar, exibe reality show falso; entenda

Grupo resolveu não lançar o programa para evitar polêmicas relacionadas à guerra na Palestina

Especiais de Natal do Porta dos Fundos costumam gerar polêmica Especiais de Natal do Porta dos Fundos costumam gerar polêmica  - Foto: Netflix/Divulgação

Neste ano, o Porta dos Fundos não terá o seu tradicional especial de Natal, que sempre gera polêmicas. O programa já estava gravado e seria exibido pela plataforma de streaming Paramount+, mas foi cancelado pelo próprio grupo, em função da guerra na Palestina. 

Pela primeira vez, a atração seria em formato de stand up, protagonizado por Fábio Porchat. Filmado em agosto, em Niterói, no Rio de Janeiro, o espetáculo de humor abordava o Velho Testamento, com várias piadas relacionadas ao relato bíblico. 

Em comunicado divulgado no início de dezembro, o Porta dos Fundos afirmava que “o mundo não enfrentava o que enfrenta hoje” quando o especial foi escrito e filmado. “Humor é timing e o timing para esse lançamento não é o adequado. A atual conjuntura pode fazer com que o olhar cômico do Especial de Natal se transforme em outra coisa”, explica o texto.
 

Substituto 
No lugar do programa natalino, o grupo lança nesta segunda-feira (25) um reality show falso em seu canal do YouTube. “Férias Coletivas” é ambientado no escritório do Porta dos Fundos e simula a dinâmica de programas como o “Big Brother Brasil”.

Serão oito episódios curtos, com duração de até 12 minutos. O elenco é composto por Ed Gama, Estevam Nabote, Rafael Saraiva, Fábio De Luca e Rafa Azevedo, com participações especiais de sócios-fundadores do Porta, como Antonio Tabet e João Vicente.

Histórico de polêmicas
O Porta dos Fundos produz especiais natalinos desde 2013. Os vídeos costumam conter sátiras a personagens bíblicos e tocam em temas polêmicos, provocando críticas entre o público mais conservador. 

Em 2019, por exemplo, o grupo causou polêmica com “A Primeira Tentação de Cristo”, lançado na Netflix. No filme, Jesus Cristo - interpretado por Gregório Duvivier - se descobre gay e começa a namorar outro homem. Representantes religiosos e políticos criticaram o grupo, que chegou a sofrer um atentado em sua antiga sede. 

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