Prefeitura de SP diz que cachês pagos aos artistas da Virada Cultural "seguem o valor de mercado"
Foi mostrado que pagamentos vão superar R$ 20 milhões nesta edição do evento, que será realizada no fim de semana
A Prefeitura de São Paulo afirmou ao Globo, após a publicação de reportagem mostrando que os cachês pagos aos artistas que se apresentarão na Virada Cultural custarão mais de R$ 20 milhões, que os valores “seguem o valor de mercado”.
Em nota, a Secretaria Municipal de Cultura garantiu que "todos os artistas são contratados mediante a apresentação de três notas fiscais para garantir o máximo de lisura nos pagamentos".
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O Globo identificou no Diário Oficial da Cidade as contratações de 243 artistas que farão apresentações musicais no festival. Desse grupo, os que receberão o maior pagamento são o sertanejo Leonardo e a cantora de axé Claudia Leitte. Serão desembolsados R$ 550 mil para que o cantor suba ao palco Arena Campo Limpo (na Zona Sul), às 17h de domingo (19), mesma quantia que será repassada à cantora para que vá à Arena M'Boi Mirim, também na Zona Sul.
A administração municipal defendeu o investimento alegando que a Virada Cultural "é um dos mais importantes eventos da cidade, amplamente aprovado pela população e pensado para levar cultura, sobretudo, aos bairros da periferia, além de relevante estímulo para a economia local".
“Dados do Observatório do Turismo mostram que, em 2023, 86% do público considerou acertado o modelo de atrações distribuídas pela cidade. Para 63,9% dos entrevistados, o evento tem melhorado a cada ano”, complementou a prefeitura.
A edição 2024 do maior evento cultural público da capital paulista foi batizada de Virada Cultural do Pertencimento e da Solidariedade. O segundo termo foi incluído em razão de ações direcionadas às vítimas das tragédias no Rio Grande do Sul. Todos os locais de shows terão uma tenda para coleta de doações de alimentos, itens de higiene, roupas e cobertores, para as pessoas afetadas pelas chuvas no Sul do país.