Prêmio Oceanos: conheça as dez obras finalistas da edição 2021
Mia Couto, com "O Mapeador de Ausências" e o brasileiro "O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, integram lista
Oito romances, um livro de contos e um livro de poemas, escritos por autores de Brasil, Moçambique, Portugal e Timor-Leste, integram a lista das obras finalistas do “Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa 2021”.
Entre os finalistas, dois livros foram editados em mais de um país de língua portuguesa: “O Avesso da Pele”, do brasileiro Jeferson Tenório, publicado no Brasil e em Portugal, e “O Mapeador de Ausências”, do moçambicano Mia Couto, publicado no Brasil, em Moçambique e em Portugal.
Nesta edição, um livro do Timor-Leste chegou pela primeira vez à final, “O Plantador de Abóboras”, de Luís Cardoso. “Em tempos de pandemia e isolamento físico, que dificultariam os trabalhos de seleção dos livros, se não tivéssemos apoio tecnológico, vemos uma obra de Timor-Leste, país indicado pela primeira vez, e outras duas que tiveram edição em mais de um país de língua portuguesa, além de uma diversidade de títulos, sinalizando a força da literatura escrita neste idioma que nos une”, destaca Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.
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São finalistas da edição 2021 do Oceanos:
“A Tensão Superficial do Tempo”, de Cristovão Tezza – romance brasileiro | Todavia
“Fé no Inferno”, de Santiago Nazarian – romance brasileiro | Companhia das Letras
“Inferno”, de Pedro Eiras – poesia portuguesa | Assírio & Alvim
“Maria Altamira”, de Maria José Silveira – romance brasileiro | Instante
“O Ausente”, de Edimilson de Almeida Pereira – romance brasileiro | Relicário
“O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório – romance brasileiro | Companhia das Letras Brasil e Portugal
“O Mapeador de Ausências”, de Mia Couto – romance moçambicano | Caminho, Companhia das Letras e Fundação Fernando Leite Couto
“O Osso do Meio”, de Gonçalo M. Tavares – romance português | Relógio D’Água
“O Plantador de Abóboras”, de Luís Cardoso – romance timorense | abysmo
“Pessoas Promíscuas de Águas e Pedras”, de Thais Lancman – contos brasileiros | Patuá
Júri, Processo de Leitura e Avaliação
Participaram do júri que classificou os 10 livros, pelo Brasil, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Beatriz Resende, a professora da Universidade de São Paulo (USP) e escritora Eliane Robert Moraes, além do poeta e crítico literário Fábio Weintraub e o poeta, músico, produtor cultural, artista visual e editor Ricardo Aleixo.
Do júri, participou ainda o moçambicano Nataniel Ngomane, professor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, e os portugueses Maria João Cantinho, escritora e crítica literária, e Pedro Mexia, escritor crítico literário.
Na primeira etapa, um júri inicial, composto de 95 professores de literatura, críticos literários, escritores e poetas, leu e avaliou os 1.835 livros inscritos, publicados em dez países, para escolher os semifinalistas. Desse total, entre 54 livros foram escolhidos os dez finalistas - que serão lidos e avaliados para eleição dos três vencedores do prêmio, em dezembro.
Participam do júri final a angolana Ana Paula Tavares, os brasileiros Itamar Vieira Junior, Julián Fuks, Maria Esther Maciel e Veronica Stigger e os portugueses António Guerreiro e Golgona Anghel. O valor da premiação é de 250 mil reais - sendo R$ 120 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e R$ 50 mil para o terceiro.
Parcerias e colaboração do Itaú Cultural
O “Oceanos” é realizado via Lei de Incentivo à Cultura, pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, e conta com os patrocínios do Banco Itaú, do Instituto Cultural Vale e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa, além do apoio e governança do Itaú Cultural e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, e apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP.
Já o Itaú Cultura, é patrocinador e parceiro do prêmio desde 2015, ano do lançamento da primeira edição. A instituição colabora com o desenvolvimento da governança e das tecnologias necessárias para a internacionalização do prêmio e manutenção online no período pandêmico – inclusive é por meio do que desenvolve o Núcleo de Inovação do Itaú Cultural que os concorrentes são avaliados via plataforma digital, por júris internacionais dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).