Prima de Daniella Perez cita indignação com liberdade de assassina
Crime cometido por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz contra a filha de Gloria Perez completa 31 anos nesta quinta-feira (28)
Há exatos 31 anos, um crime brutal chocava o país. Em 28 de dezembro de 1992, a atriz Daniella Perez — que à época estrelava a novela "De corpo e alma" (1992), escrita por sua mãe, a novelista Gloria Perez— era encontrada morta a facadas, aos 22 anos, num matagal na Barra da Tijuca, bairro na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Prima da artista, Bárbara Ferrante usou as redes sociais, nesta quinta-feira (28), para relembrar o caso e demonstrar revolta com o fato de os assassinos não terem cumprido a pena determinada pela Justiça na prisão.
"Mais um 28 de dezembro.... Dia que mudou o rumo da minha vida e da minha família. Um dia de lembranças duras e que dói a alma. Enquanto a assassina Paula Nogueira Peixoto (ou já mudou para Almeida?) está por aí rindo e se vitimizando, nós ainda lutamos para sobreviver a devastação que essa mulher e seu ex-marido nos causaram", relatou Bárbara, em publicação no Instagram.
Como provaram as investigações policiais à época, o crime foi cometido por Guilherme de Pádua — ator que fazia par com Daniella na novela "De corpo e alma" — e Paula Thomaz, mulher do artista naquele período. A autoria do assassinato com oito facadas que acertaram o coração de Daniella foi confessada por Guilherme à época. Depois de quatro anos do ocorrido, ele e a companheira foram condenados por dois júris. Guilherme a 19 anos de prisão e Paula a 15.
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Apesar disso, os dois foram soltos bem antes do fim da pena, quando haviam cumprido apenas um terço do previsto. Guilherme de Pádua deixou a cadeia no dia 14 de outubro de 1999, quando tinha 29 anos. Já a ex-mulher dele, por sua vez, foi liberada do presídio três semanas depois, em 5 de novembro.
Nos últimos tempos, Guilherme atuava como pastor da Igreja Batista da Lagoinha, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em 2017, 20 anos após a condenação, ele se casou pela terceira vez com a maquiadora Juliana Lacerda. Ele morreu, aos 52 anos, em novembro de 2022, em decorrência de um infarto. Paula Thomaz segue em liberdade. Ela se formou em direito, retirou o sobrenome de Guilherme e teve uma filha com o atual marido, o advogado Sérgio Rodrigues Peixoto. O casal mora no Rio.
"Paula Nogueira Peixoto e seu comparsa, descarrilharam o trem das nossas vidas nos tirando alguém tão preciosa e nos impedindo que fossemos o que poderíamos ter sido, mas enquanto estivermos aqui vamos preservar a memória da Dany e lembrarmos o tamanho da brutalidade que cometeram", escreveu a prima de Daniella, por meio do Instagram.
Bárbara contou, no mesmo post, que Paula Thomaz escolheu que a filha mais nova nascesse no mesmo dia em que foi julgada pelo crime, data em que ela comemorava seu aniversário de casamento com Guilherme de Pádua. "Já seria sintomático escolher a data de casamento com o ex para o nascimento de uma filha fruto de novo relacionamento. Mas sendo esse ex um parceiro de crime? Parceiro de assassinato? E ainda o mesmo dia que foi julgada (e condenada!) por tirar tão brutalmente a vida de uma menina? Essa escolha fala muito sobre ela, obsessão, e tantas outras coisas", afirmou.
Gloria Perez também trouxe à tona memórias da filha, nesta quinta-feira (28). A autora publicou fotos da filha junto com algumas páginas de seu diário, e escreveu: "Um dia que dói".
"Não há perdão! O perdão, quando ocorre, vem antecedido pelo arrependimento. Até na igreja, o fiel se confessa e admite sua culpa antes de ser perdoado. Ele (Guilherme de Pádua) já está queimando no quinto dos infernos. Um dia se reencontrarão e estarão juntos novamente na eternidade. Mas isso também não vai aliviar nossa dor, porque a Dany não volta!", acrescentou Bárbara, em tom de revolta.