Primeira edição do Festival Pernambucano de Literatura Negra valoriza autoras pernambucanas
Evento ocorre neste domingo (20), a partir das 11h, na Livraria Jaqueira do Bairro do Recife
No Dia da Consciência Negra, celebrado neste domingo (20), o Festival Pernambucano de Literatura Negra realiza a sua primeira edição. Com entrada gratuita, o evento ocupa a Livraria Jaqueira, no Bairro do Recife, a partir das 11h, promovendo rodas de conversa, lançamento de livro, palestras, sessão de autógrafos e outras atividades.
“O festival nasce com o objetivo de criar um espaço de visibilidade e valorização de autores negros, que muitas vezes acabam vendo o seu trabalho e a sua intelectualidade sofrerem um apagamento”, explica a jornalista e escritora Jaqueline Fraga, repórter da Folha de Pernambuco, idealizadora do evento.
Participam do evento escritoras como Karinne Costa, Rosângela Nascimento, Elizabeth Souza, Iaranda Barbosa, Maria Cristina Tavares e Odailta Alves, que estarão em dois bate-papos. “Nessa primeira edição o protagonismo será das mulheres negras. Será um momento de muitas trocas, conhecimento e afeto, para celebrar e também dizer que estamos ocupando esses lugares”, destaca.
Leia também
• Festival Palavra Cifrada começa na segunda (21) e traz a literatura em formato híbrido
• Serra Talhada recebe o Festival Gastronômico do Sertão do Pajeú
• Panela do Jazz: festival chega a Triunfo em dezembro; veja programação
Jaqueline Fraga lançará o seu novo livro, “Movendo as Estruturas”, durante o evento, às 14h. Antes disso, ela comandará uma palestra com a mesma temática da obra, às 13h. Para a realização do festival, ela criou uma campanha de financiamento coletivo no site Benfeitoria, com doações abertas até este sábado. Também é possível apoiar o evento entrando em contato pelo e-mail [email protected] ou pelos seguintes perfis no Instagram: @jaquefraga_ e @livronegrasou.
A perspectiva da organizadora é de que, nas próximas edições, o festival consiga se consolidar no calendário cultural do Estado. “A partir do próximo ano, a ideia é de que o festival atue em três braços: literatura produzida por mulheres, literatura infatojuvenil e literatura plural, abarcando autoras e autores”, aponta Jaqueline, que espera reunir novos apoios ao evento no futuro.
"Este ano, conseguimos o apoio do escritório Martorelli Advogados, que realmente se mostra um apoiador das causas antirracistas. É preciso que todos tenhamos esse compromisso e que ele ultrapasse os discursos e os likes das redes sociais, sendo efetivado com práticas reais", defende.
Veja também
Academia confirma 'Ainda estou aqui' como elegível ao Oscar
