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PROCESSO

Processo de bebê de 'Nevermind' contra Nirvana ganha fôlego após nova decisão na justiça

Spencer Elden alega ser vítima de 'exploração comercial por imagem de natureza pedopornográfica'; pedido havia sido rejeitado duas vezes em outras cortes, mas foi relançado após decisão de júri

Antológica capa do álbum do NirvanaAntológica capa do álbum do Nirvana - Foto: Reprodução/Nirvana

Spencer Elden, o bebê que aparece nu na capa do álbum Nervermind, do Nirvana, trava uma batalha contra a banda americana. Ele alega ser vítima de "exploração comercial por imagem de natureza pedopornográfica (pornografia infantil)" por conta de sua imagem estampada no disco de 1991. A queixa, que já havia sido rejeitada duas vezes em cortes inferiores, foi relançada após nova decisão de uma corte dos EUA.

Um júri considerou que a decisão de recorrer era válida na medida em que “cada nova publicação” de pornografia infantil “poderia constituir novo dano pessoal”.

Este mesmo júri, porém, esclareceu num texto que este recurso não se destinava a determinar se a capa do álbum Nevermind correspondia à definição de pornografia infantil.

O advogado de Elden, Robert Lewis, disse que Elden está “muito satisfeito com a decisão e espera ter seu dia no tribunal”.

Elden processou o Nirvana nem 2021, alegando que foi vítima de exploração sexual e que a obra constituía abuso sexual infantil. Ele afirmou que a foto lhe causou "sofrimento emocional extremo e permanente", bem como perda de oportunidades de trabalho e da "alegria de viver".

O jovem solicitou indenização de pelo menos US$ 150 mil de cada um dos 15 réus, que incluem os membros sobreviventes da banda, a viúva de Kurt Cobain, Courtney Love, e as gravadoras que lançaram ou distribuíram o disco nas últimas três décadas.

Em dezembro, a defesa da banda pediu o fim do processo, apontando que os argumentos de Elden não tinham mérito. Os advogados justificaram que, a partir da teoria dele, qualquer um que possuísse uma cópia do álbum seria culpado por posse de pornografia infantil, por exemplo. No documento, destacaram também que, até recentemente, o jovem parecia gostar da notoriedade adquirida como o "bebê do Nirvana".

"Ele reencenou a fotografia muitas vezes; tatuou o título do álbum no peito; apareceu em um talk show vestindo um macacão cor nude e fez uma paródia de si mesmo; autografou cópias da capa do álbum para vender no eBay; e usou a fama para tentar se aproximar de mulheres", ressaltou o pedido.

Após a mais recente decisão na justiça, o advogado do Nirvana, Bert Deixler, disse na quinta-feira (21) que o revés "não muda em nada a nossa visão".

“Defenderemos este caso sem mérito com vigor e esperamos prevalecer", explicou.

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