Raquel Villar se joga na comédia popular como uma motogirl em "Cosme e Damião: Quase Santos"
Atriz acumulou experiências com personagens dramáticas, antes da série do Globoplay
Com diversas personagens densas no currículo, há tempos que Raquel Villar buscava algum projeto de comédia para atuar. A busca, enfim, se mostrou bem-sucedida quando ela soube que passou no teste para viver a divertida Rebecca de “Cosme e Damião: Quase Santos”, série que marca a inusitada parceria entre Multishow, Globoplay e a trupe do Porta dos Fundos.
“Adoro trabalhar com dramas pesados, mas fui analisar um pouco minhas últimas personagens e vi que eu só fazia chorar. O teste já foi divertido, me senti em casa e muito bem-recebida”, conta, entre risos.
Com roteiro assinado pelos amigos de longa data e intérpretes dos protagonistas Cosme e Damião, Cezar Maracujá e Rafael Portugal, respectivamente, a série acompanha em cada um dos 10 episódios uma aventura diferente da dupla, seja a partir de uma ideia megalomaníaca ou em alguma enrascada em que eles mesmos se colocaram.
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Neste contexto, Rebecca é uma mototaxista agregada da família de Cosme e muito amiga de ambos. “Os três cresceram juntos e até hoje tem uma amizade muito bacana e intensa”, conta.
De tão próxima, Rebecca precisa ser a voz da razão quando os dois passam do limite em alguma traquinagem. “A Rebecca é muito pé-no-chão e tenta trazer o Cosme e o Damião para a realidade. O texto e a dinâmica proposta para a série são incríveis. F foi uma delícia fazer esse mergulho intenso pelo humor ao lado de craques do gênero. Conquistamos uma sintonia familiar de forma muito rápida”, valoriza.
Além do texto e da convivência com o elenco, chegar às locações e aos cenários da série, que remetem ao bairro carioca de Realengo, foram uma fonte de inspiração para Raquel. Nascida e criada na Zona Norte do Rio de Janeiro, ela sabe bem das belezas e perrengues que envolvem a rotina do subúrbio.
“Teve muita emoção e identificação. Durante as leituras e gravações, eu consegui me ver, lembrar das minhas vivências em diversas situações. A personagem já estava em mim e começou a fluir de forma muito natural”, avalia.
Raquel termina 2024 com a sensação de dever cumprido. Além da nova série, outros dois projetos importantes para ela foram lançados ao longo do ano. Em maio, ela se emocionou com a chegada da terceira temporada de “Dom” ao Prime Video.
Na trama inspirada na vida de Pedro Machado Lomba Neto, mais conhecido pela alcunha de Pedro Dom, jovem de classe média que se tornou líder de uma quadrilha dedicada a assaltar edifícios de luxo, Raquel era a sedutora Jasmim, grande amor da vida do protagonista.
“Foi um trabalho muito bonito, que fez sucesso aqui e no exterior. Contar essa história será sempre motivo de orgulho para mim”, destaca. Já no último mês de outubro ela se divertiu com a estreia de “How To Be a Carioca”, série disponível no Disney+ que retrata costumes da cidade do Rio de Janeiro sob um olhar mais turístico. “É ótimo falar da nossa casa de um jeito especial”, avalia.
Depois de se fixar em Berlim, na Alemanha, por quase uma década, a vontade de trabalhar com textos tipicamente brasileiros vem fazendo Raquel ficar cada vez mais no Brasil. Com passagens por diferentes grupos e cursos de teatro, a primeira fase da carreira da atriz foi marcada por muitas participações em novelas.
A estreia foi em “Duas Caras”, de 2007, e ela ainda se destacou em tramas como “Cama de Gato”, o remake de “Gabriela” e o sucesso “Amor à Vida”. Ao final desta última, Raquel resolveu buscar outras possibilidades.
“Sempre tive vontade de viajar sozinha. As novelas renderam uma grana e resolvi passar dois meses pela Europa. Só que acabei ficando por lá, Berlim virou casa e diversos trabalhos foram acontecendo no cinema e no teatro”, explica.
A experiência e a bagagem internacional só aumentaram a brasilidade em Raquel e também a vontade de contar histórias por aqui. “Estou feliz com as oportunidades que estão aparecendo. É um novo momento para minha atuação”, avalia.