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CINEMA

"Recife Assombrado 2: A Maldição de Branca Dias" tem gravações iniciadas nesta quarta-feira (6)

Produção promete que a continuação será o filme pernambucano com mais efeitos visuais

Diretor e parte do elenco de "Recife Assombrado 2"Diretor e parte do elenco de "Recife Assombrado 2" - Foto: Angélica Souza/Divulgação

Sequências, spin-offs e derivados são mais do que comuns na grande indústria do audiovisual hollywoodiana, mas ainda pouco explorados no Brasil. No cinema pernambucano, feito de forma absolutamente independente, então, é uma prática que não existe, ou melhor, não existia. Com “Recife Assombrado 2: A Maldição de Branca Dias”, o diretor e roteirista Adriano Portela dá os primeiros passos para transformar seu primeiro longa-metragem, lançado em 2019, em uma franquia local. 

A continuação de “Recife Assombrado” começa a ser filmada nesta quarta-feira (6) e tem previsão de estreia para o segundo semestre do próximo ano, com produção da Viu Cine. Explorando a vocação fantasmagórica da Capital pernambucana, os realizadores almejam repetir o bom desempenho do primeiro filme nesta nova empreitada. 

“Tivemos o segundo longa pernambucano mais visto do ano de 2019, perdendo apenas para ‘Bacurau’, e foi um fenômeno local. Conseguimos fazer sessões do Recife até Petrolina, passando pelos principais cinemas do Estado”, relembra Ulisses, produtor do filme, que anuncia a expansão desse universo fictício: “Será uma trilogia. Teremos um terceiro filme e, ainda neste ano, rodamos uma série spin-off”. 

Protagonista do primeiro filme, Daniel Rocha volta ao papel de Hermano. Desta vez, além de integrar o elenco, o paulistano assina como produtor associado da obra. “Eu adoro essa cidade. Morei aqui dois meses quando filmei o outro longa e foi uma experiência incrível. Então, vamos estreitar ainda mais esses laços afetivos”, aponta. 

Outros nomes se unem aos atores remanescentes de “Recife Assombrado”. Entre eles, estão os pernambucanos Aramis Trindade, Pally Siqueira, Mônica Feijó, Gil Paz e a influenciadora Beca Barreto, em seu primeiro trabalho como atriz. Outra adição ao elenco é o da atriz gaúcha Vitória Strada, que brinca sobre o medo em relação às lendas abordadas na produção. 

“Agora que eu chego em qualquer lugar e todo mundo me conta história, estou um pouco apavorada. É bom que estou fazendo muitas amizades, então vou garantir que não vou ficar sozinha à noite nessa cidade”, ri. Na trama, Vitória interpreta Isabel, líder de um grupo de investigação paranormal contratado por Hermano para encontrar o tesouro de Branca Dias.

A portuguesa de origem judia que viveu em Pernambuco no século 16 e foi morta pela Inquisição é a lenda de maior destaque da sequência, mas outras assombrações locais devem aparecer ao longo da obra. “Uma que as pessoas pediam muito desde o primeiro filme é a Perna Cabeluda. Ela estará bem representada, mas ainda não posso adiantar muita coisa”, revela o diretor. 

As filmagens devem durar até o dia 24 de março. Lugares como o Teatro de Santa Isabel e o Forte das Cinco Pontas servirão de cenário para o projeto. O antigo casarão de Branca Dias e o Açude do Prata, localizados no Recife, no bairro de Dois Irmãos, foram descartados pela produção, já que não oferece a estrutura necessária para as gravações. Em vez disso, os responsáveis escolheram o município de Vicência, na Zona da Norte do Estado, para representar a antiga propriedade da senhora de engenho. 

Além das locações externas, parte das cenas do filme será feita em estúdio. “Vamos filmar na Nahsom Filmes, que utiliza a tecnologia LED. Todo o cenário é projetado em 3D. São mais de 80 cenas com efeitos visuais. É o filme pernambucano que mais utilizou esse tipo de recurso na história”, afirma Ulisses. 

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