Reconhecimento de suposto filho pode anular testamento de Gugu? Entenda
Ricardo Rocha, de 48 anos, afirma ser filho do apresentador, que faleceu em novembro de 2019
O comerciante Ricardo Rocha, de 48 anos, que afirma ser filho de Gugu Liberato, pediu um teste de DNA para comprovar que também é herdeiro do apresentador, que faleceu em novembro de 2019. O processo foi iniciado em março, mas se tornou conhecido do público depois da última quarta-feira (21), quando aconteceu mais uma audiência para decidir se Rose Mirian teve uma união estável com Gugu Liberato e, portanto, se tem direito à herança do apresentador.
Após o recebimento de uma intimação na última semana, os três filhos de Gugu — João Augusto, Marina e Sofia — e sua irmã, Aparecida, tiveram conhecimento da reivindicação de um homem, que alega ser filho do apresentador.
De acordo com a advogada especialista em direito de família e sucessões, Bruna Rinaldi, dois cenários são possíveis caso Ricardo Rocha comprove a paternidade do apresentador.
Nesse caso, os 50% chamados de parte legítima serão divididos entre Augusto, Marina e Sofia - todos frutos da antiga relação com Rose Di Miriam - e Ricardo. A divisão dos sobrinhos permanece igual por serem herdeiros testamentários.
Porém, se também ficar comprovado que Gugu não sabia que era pai de Ricardo Rocha, o testamento poderia ser anulado, com os quatro filhos dividindo a totalidade dos 100% do patrimônio.
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Segundo a intimação, a mãe de Ricardo, identificada como Otacília Gomes da Silva, teria conhecido “Antonio Augusto Moraes Liberato (o notório apresentador de televisão 'Gugu Liberato')” no segundo semestre de 1973, “em uma padaria que existia na rua Aimberê, no 458, bairro de Perdizes, nesta capital”. A petição informa que “a genitora” trabalhava como babá e empregada doméstica “na residência de uma família nipônica” que morava ao lado da panificadora.
Ela ia diariamente à padaria, “oportunidade em que se encontrava com Antonio Augusto que, muito comunicativo, a flertava e, com o passar do tempo houve a evolução da amizade, alguns passeios, culminando em relacionamento íntimo entre eles”.
Em 1974, depois de passar férias com a família para a qual trabalhava no litoral paulista, ela retornou e “constatou a gravidez”.
Otacília teria procurado Gugu para “lhe informar a novidade”. Mas “este não mais foi encontrado naquele comércio, perdendo totalmente o contato”.
Quando Gugu iniciou sua carreira televisiva, diz a intimação, o adolescente começou a acompanhá-lo à distância, mas “entendeu protelar a busca do reconhecimento da paternidade para o futuro”.
Com a morte de Gugu e a disputa pela herança, Ricardo teria decidido buscar seus direitos, movendo a ação de paternidade.