Rei e Patrono do Brega, Reginaldo Rossi se foi há oito anos
Reginaldo Rossi morreu em uma sexta-feira, 20 de dezembro de 2013, vítima de um câncer
É como dizem por aí... Quem nunca cantarolou um verso que seja das confissões de Reginaldo Rossi (1943-2013) em “Garçom” (1987), pode até estar vivo fisicamente, mas por dentro está meio morto.
E o bailinho da “Raposa e as Uvas” e o borogodá de “Deixa de Banca”, nem para soltar um “nã nã nã nã nãaaaa”? Decerto, nem é pernambucano e muito menos recifense ou, desconhece o gênero (brega) fincado pelo rei e patrono Reginaldo Rodrigues dos Santos, que há oito anos se foi, vitimado por um câncer de pulmão.
Cantor e compositor, Reginaldo Rossi segue com suas histórias (re)contadas através da própria narrativa da cultura do brega e de um repertório atemporal e cravejado nos ouvidos dos amantes do gênero romântico.
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Irreverente, escrachado, autêntico e vaidoso, Rossi foi vanguarda até nas vestimentas - ele contava ter sido o primeiro no Recife a usar calça sem pregas. Embora extrovertido, se dizia tímido nos palcos, afirmação que vai de encontro com a desenvoltura de ganhar plateias e multidões.
Rossi em escultura
No início deste 2021, o “Rei do Brega” passou a ocupar fisicamente um espaço no Pátio de Santa Cruz, centro da cidade e reduto conhecido da boemia recifense.
A escultura em tamanho real – uma das 18 distribuídas pela capital pernambucana para celebrar quem fez história no universo da arte - reproduz Reginaldo Rossi sentado, como em uma mesa de bar, sob a companhia de uma garrafa, um copo e um cenário convidativo a quem desejar "puxar a cadeira" para compartilhar agruras amorosas, saudades doloridas ou quaisquer dos dissabores melodiados por ele e que seguem ecoados, como sempre, por sua legião de bregueiros.
"Borogodá"
Em janeiro, dentro da programação do Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE), o musical “Borogodá! Ao Som de Reginaldo Rossi” entra em cena no palco do Teatro de Santa Isabel. Com produção da pernambucana Nível 241, a estreia está marcada para o dia 27.
Sob inspiração das músicas do Patrono e Rei do Brega, a narrativa traz comédia, romance, gaia e, claro, brega, com texto e direção artística de Gabriel Lopes, direção musical de Douglas Duan e direção de coreografia de Stepson Smith.
Com roteiro próprio, o musical reúne 18 artistas pernambucanos que “encenam” pelo menos 30 composições de Rossi.
Serviço
“Borogodá”, musical que celebra Reginaldo Rossi
27 de janeiro, no Teatro de Santa Isabel, 19h