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Mercado da Música

Relatório do Ecad sobre mulheres na música revela desigualdade de gênero

Estudo do Ecad mostra um avanço discreto do público femino no mercado fonográfico 

Mulheres no mercado da música Mulheres no mercado da música  - Foto: Firmbee /Pixabay

O papel de destaque das mulheres artistas e compositoras ainda está longe de estar representado no mercado da música, de acordo com o segundo relatório do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), intitulado “O que o Brasil ouve - Edição Mulheres na Música". Para se ter uma ideia, a participação feminina em relação ao número de titulares de música beneficiados com direitos autorais cresceu apenas 5% em 2021. 

Do total de valores distribuídos no ano passado, as mulheres receberam cerca de 7%, igualando o resultado de 2020. Os titulares de música são os compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos filiados em uma das sete associações de música que administram o Ecad (Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC).

O objetivo do estudo é apoiar a atuação das artistas na cadeia produtiva da música para que alcancem seus espaços. A nova edição do relatório revela um avanço discreto da participação feminina nesse mercado que, no entanto, segue pequena em relação ao espaço ocupado pelos homens. 

Mais alguns dados
“Os dados apontam para um longo caminho a ser percorrido em prol de uma total igualdade de gênero nesse mercado, mas é fundamental ter um estudo que apresente a relevância e a participação da mulher. Até porque é importante levarmos em consideração que o ecossistema da música não é formado apenas por intérpretes e compositoras, mas também por produtoras e musicistas”, disse a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.

A presença feminina no ranking dos 100 autores com maior rendimento, considerando todos os segmentos de execução pública, também cresceu: apesar da presença esmagadora dos homens, a participação feminina dobrou de 2020 para 2021, saltando de 2% para 4%. Mesmo com os avanços, a média de apenas quatro mulheres entre os 100 autores com maior rendimento nos últimos cinco anos mostra que o cenário ainda está longe da igualdade.

O relatório apresenta, ainda, um balanço sobre a distribuição dos direitos autorais destinada às mulheres, em comparação aos homens, as categorias de titulares de música mais contempladas, o aumento da presença feminina na gestão coletiva da música no Brasil e o ranking das músicas nacionais mais tocadas nos últimos cinco anos com mulheres entre os autores.

Confira o relatório:
 

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