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Música

Reverbo "ocupa" Teatro do Parque em retorno memorável e celebração a Joel Datz

Mostra volta aos palcos após quase dois anos distante do público, com pelo menos 28 nomes da música autoral pernambucana

Mostra ReverboMostra Reverbo - Foto: Carol Melo

Versar ao mesmo tempo sobre quilates como a Mostra Reverbo, Joel Datz (Irmão Evento), Teatro do Parque e um elenco de fazedores da arte autoral pernambucana, é missão no mínimo instigante, mas sobretudo, essencial em tempos (ainda) confusos e incertos.

Comecemos, pois, por definições que culminem em um todo. “Será um dia de rebatismo e renascimento para o público”. Sim, a definição de Juliano Holanda, idealizador do coletivo, vai representar exatamente isso nesta sexta-feira (11), às 19h, com o retorno de pelo menos 28 artistas da música em um dos espaços mais simbólicos e exitosos da cultura nacional.

 

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Com ingressos esgotados, o Teatro do Parque recebe Agda, Revoredo, Almério, Flaira Ferro, Gabi da Pele Preta, Gean Ramos, Helton Moura, Igor de Carvalho, Isabela Moraes, Joana Terra, João Euzé, Jr. Black, Larissa Lisboa, Lucas Torres, Luisa Fitipaldi, Marcello Rangel, Martins, Mayara Para, Mayra Clara, Mazuli, PC Silva, Rogéria Dera, Sam Silva, Tonfil, Una e Vinícius Barros.


Fomento cultural
“Desde que soubemos da reabertura do Teatro do Parque ficamos muito a fim de tocar lá. Grande parte da formação musical dos integrantes da mostra se deu no espaço, e um dos principais pontos de interesse da Reverbo é justamente ocupar os espaços culturais do Estado com música autoral, além de contribuir com o fomento de novos estabelecimentos. Essa primeira apresentação no Parque tem enorme significado para nós, será um dia de rebatismo. Também é o nosso renascimento para o público. E ainda por cima sob as bênçãos de Seu Joel, um amigo muito querido”, comenta Juliano.

Ele, aliás, dirige musicalmente a Mostra, que é realizada por Mery Lemos, da Anilina Produções. Já o show de logo mais vem sob o fomento da Aldir Blanc, por meio da Prefeitura do Recife e do Edital que leva o nome do memorável Joel. “Ele sempre será uma bandeira nossa”, complementa Juliano em conversa com a Folha de Pernambuco, sobre o homenageado da noite, o “Irmão Evento”, falecido em 2021.
 

Joel DatzJoel Datz, o "Irmão Evento"                           Crédito: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

Projeto coletivo
A edição no Teatro do Parque vai se dar em tom de saudade, para o público – que esgotou os ingressos – e para os artistas que até tentam planejar setlists, mas sob o risco de serem tomados pela emoção para redirecioná-los ao bel prazer do momento.

“A gente planeja um repertório, mas sempre há muita emoção envolvida e o organismo ‘Reverbo’ é muito vivo e pulsante. Grande parte do que fazemos se concretiza no imponderável. Então, o que dá pra sentir é a vontade de todes de estarem inteiros e inteiras no palco”, adianta Juliano, que define a reunião de vozes como “a materialização de um conceito”. 

“A questão central desde o início foi a comprovação da possibilidade de ser coletivo. A coexistência artística e criativa. Certa vez li num mural de uma escola pública em Garanhuns: ‘nenhum de nós é melhor do que todos nós juntos. É por aí. Em nossas trocas e conversas, o indivíduo se fortalece e, por consequência, o coletivo. A busca da Reverbo é por expansão e conhecimento. Creio que esse sentimento não para”.

“Reverberemo-nos”, todos, hoje no Teatro do Parque, e em breve em outros palcos Brasil afora. A primeira incursão fora de Pernambuco da Reverbo está nos planos para acontecer e, segundo Juliano Holanda, vai se concretizar inclusive pelo valor dos ingressos para o show desta noite.

“Todes que comparecerem estarão também entrando nessa parceria conosco”, enaltece o onipresente e cortejado nome da música pernambucana (e brasileira), que além da Mostra, assina outros projetos como cantor, compositor, produtor, instrumentista, letrista e outras ‘zilhões’ de funcionalidades artísticas.



“Seguimos criando, em busca da maior valorização e desenvolvimento da arte. Procuro respirar arte todos os segundos da minha vida. É uma opção política. Jogo todas as minhas energias em prol disso. Tem bastante coisa vindo aí. Inclusive, porque algum material já estava pronto desde antes da pandemia”.

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