Roupa usada por Deolane Bezerra ao ser presa custa mais de R$ 30 mil
Advogada e influenciadora digital, conhecida por ostentar bens luxuosos nas redes, é investigada por lavagem de dinheiro de jogos ilegais
Dona de 12 mansões, carros de luxo e um sem-número de joias, Deolane Bezerra, de 36 anos, se apresentou à polícia — ao ser presa, na última quarta-feira (4) — com roupas avaliadas num total de mais de R$ 30 mil.
Investigada por envolvimento numa suposta organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro de jogos ilegais, a advogada e influenciadora digital, conhecida por ostentar bens luxuosos nas redes sociais, trajava apenas peças de grife, dos pés à cabeça, no momento em que foi encaminhada para o Instituto Médio Legal (IML) do Recife para realizar o exame de corpo de delito, como apurou o Globo.
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Na ocasião, antes de ser encarcerada, ela utilizava uma jaqueta preta da marca italiana Prada, do modelo Cropped Re-Nylon, que é hoje vendida por R$ 15 mil.
A influenciadora digital também vestia uma calça em gabardine do mesmo modelo e grife, e que atualmente custa R$ 8,9 mil.
Nos pés, uma sandália da marca Hermès, do modelo Chypre, que pode ser encontrada por R$ 6,4 mil.
O que aconteceu com Deolane?
Após ser presa, na última quarta-feira (4), em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco que investiga uma suposta organização criminosa que usaria dois sites de apostas esportivas para lavar dinheiro de jogos ilegais, Deolane Bezerra foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina do Recife, conhecida como Bom Pastor, na Zona Oeste da cidade.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco, a influenciadora digital está mantida numa cela reservada.
A mãe de Deolane, Solange Bezerra, também foi presa. As duas passarão, nesta quinta-feira (5), por audiência de custódia. A defesa nega que elas tenham ligação com esquemas ilegais.
O esquema que foi alvo da Operação Integration, segundo a polícia, usava empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outras companhias para lavar dinheiro, por meio de transações bancárias.
O delegado-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha, afirma que a organização utilizava plataformas de jogos — as chamadas bets — que não atuavam regularmente no país para ocultar a origem ilícita de valores.
— É a terceira fase desta operação. É um esquema voltado à lavagem de dinheiro, que é dividida em três fases: a colocação, a ocultação e a integração do dinheiro ao patrimônio daquela pessoas envolvidas — esclarece Rocha.
— A ilegalidade desta operação está "linkada" a jogos que não atuavam regularmente no país. As bets eram usadas pela organização criminosas e outras empresas para a lavagem do dinheiro ilícito.