Samba, fã no palco e manifestação política: saiba como foi a noite de estreia do FIG 2022
Diogo Nogueira, Mumuzinho e Karynna Spinelli animaram a multidão na Praça Mestre Dominguinhos
Foi dada a largada para o 30° Festival de Inverno de Garanhuns. Após um hiato de dois anos, o evento multicultural reencontrou seu público na noite desta sexta-feira (15). Uma multidão tomou conta da Praça Mestre Dominguinhos, debaixa de uma chuva fraca e com os termômetros marcando por volta de 16º.
Com um espetáculo coordenado por Maria Paula Costa Rêgo, a abertura do FIG levou a diversidade cultural pernambucana para o palco principal da programação. Nem mesmo o atraso de quase uma hora foi capaz de apagar a beleza da montagem, que reuniu em cena grupos de cultura popular, bailarinos e indígenas fulniô, além da poesia de Luna Vitrolira.
A noite de estreia do festival foi dedicada ao samba e ao pagode. A primeira atração musical a subir ao palco foi o grupo Amor Eterno, que colocou o público com um repertório repleto de hits de artistas como Dilsinho, Ferrugem e Thiaguinho.
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Do Morro da Conceição, no Recife, para o Agreste de Pernambuco, Karynna Spinelli veio logo em seguida. Seu show contou com religiosidade, batucada e samba no pé, mesclando canções autorais e clássicos de Clara Nunes e Accioly Neto. A cantora encerrou sua passagem entoando um ponto para Oxum, que no sincretismo é associada à Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife, celebrada neste sábado (16).
Diogo Nogueira e Mumuzinho trouxeram um pouco da energia carioca para o festival. No caso de Diogo, o público recebeu uma enxurrada de sambas imortalizados em vozes como a de Martinho da Vila e Zeca Pagodinho, além de canções do próprio cantor, como “Pé na Areia”. Houve até menção à atual namorada do sambista, a atriz Paolla Oliveira, que não estava presente na apresentação. “Prepara a cama Paollinha, que eu estou voltando de Garanhuns”, brincou.
Já Mumuzinho comandou uma apresentação com simpatia e interação constante com a plateia em sua primeira participação no FIG. Durante a música “Fulminante”, uma pessoa invadiu o palco e acabou ganhando a oportunidade de cantar com ele. O rapaz se apresentou como Jonathan Rangel, vocalista de um grupo de pagode local chamado Vamo que Vamo, e disse ser fã do trabalho de Mumuzinho. “Gente, é mais um na batalha, mais um correndo atrás dos seus sonhos”, afirmou o músico carioca, pedindo aplausos para o artista pernambucano.
Manifestações políticas
Em ano de eleições presidenciais, a política também esteve presente nos shows da primeira noite do festival. Manifestações políticas vindas da plateia e de artistas marcaram a noite. Diogo Nogueira estendeu uma camisa vermelha estampada com o rosto do ex-presidente Lula jogada no palco por alguém da plateia. A reação do público se dividiu entre vaias e gritos de apoio ao petista. Em outros momentos, o sambista fez um gesto com as mãos utilizado por apoiadores do pré-candidato.
*O repórter viajou à convite do festival