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Sean Diddy Combs é acusado de abuso sexual em novo processo

Uma ex-modelo processou o magnata do hip-hop por forçá-la a fazer sexo oral em 2003, em seu estúdio de gravação. Ele ainda não respondeu

Rapper Sean Combs, o P. Diddy Rapper Sean Combs, o P. Diddy  - Foto: AFP

Um dos maiores nomes do hip-hop dos anos 90 e 2000, agora está nas capas de jornais por diferentes acusações de agressão física e sexual. Uma ex-modelo entrou com uma ação na terça-feira (21), denunciando o magnata do hip-hop, Sean Combs — também conhecido por Puffy, Diddy, Puff Daddy — de forçá-la a fazer sexo oral com ele em seu estúdio de gravação em Nova York, em 2003. Além desse caso, a reputação do artista já estava abalada após a divulgação de imagens registradas por uma câmera de segurança de um hotel em que ele foi visto agredindo fisicamente sua então namorada, Casandra Ventura, que também o processou pelo mesmo crime em novembro de 2023.

Na denúncia, a modelo Crystal McKinney diz que quando ela tinha 22 anos, um estilista não identificado a convidou para participar de um evento da Men's Fashion Week em um restaurante em Manhattan, onde conheceu Combs, um conhecido empresário e apresentador de uma gravadora do reality show da MTV “Making the Band”.

Mais tarde naquela noite, de acordo com o processo, Combs a convidou para seu estúdio de gravação, onde Crystal diz ter recebido álcool e maconha que mais tarde acreditou estarem adulterados. Ela afirma que Combs a levou ao banheiro, empurrou sua cabeça para seu colo e, após ela recusar, a forçou a fazer sexo oral nele. Logo depois, diz o processo, ela perdeu a consciência, despertando mais tarde em um táxi e percebendo que havia sido sexualmente agredida.

Os representantes do empresário Combs não responderam aos pedidos de comentário sobre o processo.

Combs, de 54 anos, vem enfrentando problemas legais crescentes desde que sua ex-namorada, Casandra Ventura, conhecida como Cassie, entrou com um processo contra ele em novembro do ano passado, acusando-o de abusar sexual e fisicamente dela por anos. Casandra conheceu Combs quando ela tinha 19 anos, e ele, 37. O rapper a contratou para sua gravadora e eles começaram um relacionamento.

Reputação em queda
O processo foi resolvido em um dia, mas motivou outros três, de mulheres que o acusaram de estupro. Em março, duas casas do Combs foram invadidas como parte de uma investigação que, segundo autoridades, também está relacionada ao tráfico humano.

O produtor e empresário, chamou as acusações contra ele de falsas e “repugnantes,” e descreveu as autoras dos processos como buscando “um pagamento rápido.”

A conduta de Combs tem sido intensamente escrutinada nos últimos dias depois que a CNN publicou imagens de 2016 em que ele é visto batendo, chutando e arrastando Cassandra — corroborando parte do processo dela arquivado no ano passado.

No domingo, após a repercussão do vídeo, ele se desculpou em seu Instagram: “Meu comportamento naquele vídeo é imperdoável.”

Crystal disse que se motivou a apresentar sua denúncia após ver os outros processos contra Combs e entrou com seu processo no Tribunal Distrital Federal em Manhattan. Como as alegações têm mais de duas décadas — o que está fora do prazo de prescrição — o processo está trazendo a alegação sob o Ato de Vítimas de Violência Motivada por Gênero da Cidade de Nova York, que, por um período limitado de tempo, permite a acusadores apresentarem queixas civis envolvendo alegações após o prazo de prescrição ter expirado.

Um advogado representante de Combs, Jonathan Davis, argumentou em um processo de agressão separado que o ato de violência de gênero não deveria ser usado para permitir que tais processos prossigam porque outra lei estadual que especificamente estendia o prazo de prescrição para agressão sexual havia expirado.

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