BRASIL

Segurança no The Town terá mais de 500 mil policiais, "cão-robô" e câmeras espalhadas pelo autódromo

Empresa de segurança do evento promete colocar em campo mais de dois mil vigilantes para combater problema histórico de festivais

O cão-robô Yellow fará parte do esquema de segurança do festival O cão-robô Yellow fará parte do esquema de segurança do festival  - Foto: Divulgação

Com a expectativa de receber meio milhão de fãs, o The Town vai contar com um reforçado esquema de segurança nos cinco dias de evento. Além dos mais de 500 policiais militares em operação na parte externa do evento, o Autódromo de Interlagos terá cerca de 100 câmeras de segurança espalhadas pelos 360 mil m² de áreas úteis, além de um Centro de Controle Operacional (CCO) e um "cão-robô" para coletar dados do ambiente, como possíveis focos de incêndio.

A SegurPro, empresa de segurança contratada pelo The Town e que atua no Rock In Rio desde 2011, promete colocar em campo mais de dois mil vigilantes para fazer a segurança do festival, além de 25 cães com condutores treinados. O Yellow — como se chama o pet criado pela empresa — terá seu passaporte carimbado pela segunda vez no Brasil, após passagem pelo Rock in Rio no ano passado, onde foi uma atração à parte. Ele também marcou presença na edição do festival em Lisboa e no Mutua Open de Madrid.

O pet tem acoplado ao seu corpo diversos dispositivos, como câmeras, alto-falantes e sensores, dentre eles o de calor, para detectar incêndios. A proposta é que o cão-robô faça uma ronda por todo o festival e alimente a SegurPro com informações em tempo real. Numa eventual situação de crise, ele ainda consegue emitir sons alerta para o público. Ah! E um aviso importante aos festivaleiros: está liberado interagir com o Yellow e até tirar fotos.

O efetivo de segurança, segundo a empresa, contempla mais de 100 câmeras. São duas térmicas, que ajudam a enxergar concentração de pessoas e também incidentes com calor; 40 bodycams acopladas nos uniformes dos vigilantes; dois radares perimetrais israelenses, que ajudam a detectar a invasão de pessoas sem convite ao evento; cinco drones; e, por fim, quatro bases móveis e autônomas movidas a energia solar.
 

— Tudo isso está conectado a um centro de controle que montamos dentro do autódromo. De lá, conseguimos ver tudo o que está acontecendo em tempo real. Seja no cão-robô, nas câmeras ou nos drones. Isso vai nos permitir controlar o fluxo de pessoas, entender se há incidentes ou algo atípico acontecendo. Nosso centro de controle de segurança da América Latina, localizado em São Paulo, também estará conectado a esse centro de controle local, que funcionará 24 horas por dia — afirma Sergio Souza, diretor geral da Segurpro.

Segundo ele, todo esse trabalho será feito em conjunto com as forças de segurança do estado, para dar maior velocidade às respostas.

— Estamos fazendo tudo o que é da nossa experiência de muito tempo em grandes eventos para gerar tranquilidade ao público. As pessoas estarão em um megaevento se sentindo seguras e livres para se divertir — completa ele.

Operação policial
Para garantir a segurança na chegada e na saída do festival, a Secretaria da Segurança Pública fará uma operação especial com 500 policiais militares de diversas unidades, como o Choque e o comando de Trânsito. Os policiais ficarão posicionados em todo o trajeto entre a Estação Autódromo da Linha 9 – Esmeralda até os portões de acesso do autódromo, além dos arredores do local.

Haverá ainda um centro de comando operacional especialmente focado no monitoramento das ocorrências no The Town, na Praça Enzo Ferrari, na região de Interlagos. A Polícia Civil terá equipes da 1ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur), do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) atuando no evento. Drones também devem ser usados para auxiliar na operação.

Uma novidade é que tanto a Polícia Militar quanto a Civil terão intérpretes de vários idiomas para atender turistas estrangeiros. Para casos de violência contra a mulher, haverá policiais femininas especialmente designadas para esses atendimentos.

Historicamente, a segurança é um problema em grandes festivais na cidade. A Avenida Teotônio Vilela, 261, endereço de uma das entradas do autódromo, foi o local de ocorrência de 422 furtos de celular apenas entre os dias 24 e 26 de março deste ano, quando foi realizado o festival Lollapalooza.

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