Sergio Hondjakoff, ex-Malhação, relembra passado de vício em drogas
O ator completa 40 anos em 2024, e há dois anos limpo, se dedica ao ativismo na luta contra a dependência química
Sergio Hondjakoff, conhecido por seu papel como Cabeção em Malhação, reflete sobre sua vida e as doze internações para que ele conseguisse se libertar do vício das drogas, em entrevista para o Gshow. Às vésperas de completar 40 anos, e há dois anos limpo, Sérgio se dedica ao ativismo na luta contra a dependência química.
As drogas trouxeram sérias consequências para a saúde mental de Sergio, resultando em síndrome do pânico e uma predisposição à esquizofrenia. "Me afastei dos amigos, não conseguia namorar e hoje, lembrar o que passei encarcerado numa clínica de reabilitação, me incentiva a me manter cada vez mais longe das drogas. Demorei a entender. Mas aprendi que a droga baixa a espiritualidade."
Hondjakoff mora sozinho em Resende, no interior do Estado do Rio de Janeiro, e está se reerguendo aos poucos, se sustenta como garoto-propaganda. Recentemente, ele participou do filme A Caipora, ao lado de Kayky Brito e Camilla Camargo. O ator é também pai do Benjamin, de 4 anos, e busca fortalecer os laços com seu filho.
Nas redes sociais, Sérgio conta com quase 800 mil seguidores no Instagram, onde recebe o carinho e o apoio dos fãs, que têm organizado encontros com o artista. "Nas redes, eles pedem para eu voltar. Tenho marcado encontros presenciais com meus fãs. Eles me dão força! Tenho vergonha de ter caído nas drogas", declara.
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Diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Sérgio nunca teve acompanhamento profissional e procurou nas drogas a ajuda, inicialmente. "Meu TDAH era muito severo. Quando ia ao Domingão do Faustão, não era ele que me cortava, como fazia com os outros convidados. Eu que falava pouco. Na época, a maconha me ajudou a me sentir mais relaxado. Consumir maconha foi um despertar xamânico para mim. Me sentia seguro e seu consumo me ajudava a chegar da gravação da novela e dormir", relembra.
No entanto, usava cocaína desde os 15 anos, também acreditando que a droga o ajudava a resolver questões mentais, até afetar sua acadêmica e profissional. "A droga me fez largar a leitura, os estudos. Em um determinado momento da minha vida, queria abandonar a carreira artística e entrar para uma faculdade. Adoro ciências exatas. Mas não consegui", relembra.
Para se manter afastado das drogas, Sérgio conta com o apoio de um psicólogo, psiquiatra e terapeuta, que cuidam do seu processo de reabilitação. Nas redes sociais, ele compartilha vídeos falando sobre os malefícios das drogas.
Agora seus objetivos são atuar como protagonista de um filme e estreitar a relação com seu filho. "Tenho estudado muito, lido bons livros e, se Deus quiser, poder ser mais generoso com a Danielle, que tem sido uma mãe maravilhosa para o meu filho", conclui.