PARALISAÇÃO

Sindicato dos atores anuncia fracasso nas negociações com estúdios em Hollywood

Meryl Streep, Jennifer Lawrence e mais 400 atores reivindicam questões que vão desde salário mínimo até saúde

Manifestação em HollywoodManifestação em Hollywood - Foto: Robyn Beck/AFP

O sindicato que representa os atores de Hollywood anunciou nesta quinta-feira (13) que encerrou as negociações com os grandes estúdios sem alcançar um acordo para evitar uma greve.

"Depois de mais de quatro semanas de negociações, a 'Alliance of Motion Picture and Television Producers' (AMPTP, Aliança de Produtores de Cinema e Televisão)... continua relutante em oferecer um acordo justo em pontos cruciais que são essenciais para os membros do SAG-AFTRA", afirmou o 'Screen Actors Guild' (Sindicato dos Atores) em um comunicado.

O comitê de negociação do SAG-AFTRA votou por unanimidade para recomendar ao Conselho Nacional uma greve dos contratos. O conselho votará nesta manhã se entra em greve. A expectativa é que a paralisação seja apoiada por ampla maioria. Em junho, a organização já havia aprovado a instalação de uma greve, caso fosse necessário.

Os roteiristas de Hollywood estão em greve desde maio. No entanto, uma greve dupla, envolvendo também os atores, não ocorre há mais de 60 anos. Essa dupla paralisação interromperia toda a produção de cinema e TV nos Estados Unidos.

Durante a greve, os atores não poderão filmar ou promover quaisquer produções nem participar de coletivas de imprensa ou estreias de filmes. De acordo com a "Variety", as equipes já se preparam para interromper as filmagens de "Gladiador 2" e "Mortal Kombat 2", por exemplo.

Em junho, um grupo de mais de 400 atores — incluindo os vencedores do Oscar Meryl Streep, Jennifer Lawrence e Rami Malek — pediu aos líderes do Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA) que adotem uma “linha mais dura”, uma vez que as negociações contratuais, segundo eles, já haviam atingido um “ponto crítico”. Eles têm reivindicado questões que vão desde salário mínimo até saúde.

No início de junho, os membros do sindicato votaram para autorizar a greve caso o comitê de negociação não chegasse a um acordo sobre o novo contrato com os principais estúdios de Hollywood até 30 de junho. O prazo foi prorrogado, mas agora se esgotou. Naquela semana, o presidente da organização, Fran Drescher, divulgou um vídeo em que disse estar conseguindo avanços importantes.

A mensagem, no entanto, não agradou muitos atores, que já pediam que não fossem aceitos acordos que não representassem todas as suas demandas.

“Esperamos que você tenha ouvido nossa mensagem: este é um ponto de inflexão sem precedentes em nossa indústria, e o que pode ser considerado um bom negócio em qualquer outro ano simplesmente não é suficiente agora”, disse a carta, divulgada pela imprensa internacional. “Sentimos que nossos salários, nosso ofício, nossa liberdade criativa e o poder de nosso sindicato foram prejudicados na última década.”

Na ocasião, faltavam apenas alguns dias para que contratos com estúdios, streamers e produtoras de Hollywood terminassem. Todos que assinaram a carta disseram que estavam “preparados para atacar se for o caso”.

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