Socialite Regina Gonçalves está em apartamento do irmão há dois meses, diz funcionário do prédio
Idosa vive disputa de guarda entre parentes e marido, um motorista com quem vive uma união estável de três anos
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Um funcionário do prédio onde estaria a socialite Regina Gonçalves diz que, há dois meses, vê a idosa no imóvel, que pertence ao irmão dela. A mulher, de 88 anos, estaria sob o cuidado de parentes, que acusam o motorista dela, com quem tem uma união estável de três anos, de violência psicológica e doméstica contra ela. Em contrapartida, ele acusa a família de Regina de não a deixar voltar para casa, no Chopin, em Copacabana, onde o casal vivia.
O prédio fica na Rua Djalma Ulrich, em Copacabana, cerca de meia hora a pé do Chopin, edifício de luxo onde Regina vivia com o marido José Marcos Chave Ribeiro, de 53 anos. No prédio, a idosa é dona de dois apartamentos de luxo, e desde o início de janeiro não é mais vista pelos vizinhos.
O caso foi parar, no início do ano, na Justiça, que tenta definir sob quais cuidados Regina deve ficar. No processo, há um laudo assinado por perito judicial que atestou que é "possível" a socialite ser "suscetível à manipulação e à implementação de falsas memórias". O documento foi anexado no último dia 15.
Em 2016, segundo o processo, Benedicto Julio Lemos, irmão de Regina, propôs, uma ação para interditar a socialite, levantando dúvidas sobre sua sanidade e capacidade civil. O processo tramitou na 12ª Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital, mas a Justiça julgou improcedente.
Naquele ano, a família também entrou com um processo de maus-tratos sofridos por Regina, acusando Ribeiro. À época, de acordo com certidão de união estável registrada no 23º Ofício de Notas da Capital do Rio, no Centro do Rio, em 21 de dezembro de 2021, Ribeiro já morava com ela. O documento informa que o casal começou a se relacionar em 2010.
Desaparecimento
O Globo conseguiu falar com o empresário João Chamarelli, que disse representar a família de Regina. Ele confirmou que a socialite fora vítima de um golpe do motorista, que a mantinha em cárcere privado, mas ela conseguiu escapar, após um descuido dele. Segundo Chamarelli, o caso foi registrado na polícia e o inquérito corre em segredo de justiça.
"Ela está se recuperando gradativamente, ficando bem disposta. Está com a família, na casa do irmão em Copacabana, com a cunhada e o sobrinho. Ela havia perdido muitos quilos. Conseguiu fugir dele no Edifício Chopin, por um descuido. Ele se distraiu, ela desceu, conseguiu abrir o elevador e fugiu para a casa desse irmão em Copacabana" contou Chamarelli.
Chamarelli relatou que os amigos perderam o contato com Regina, porque Rodrigues a "blindou gradativamente":
"De repente, não conseguíamos falar com ela pelo telefone fixo. Era só no celular dele. Depois, nem no celular dele. Ninguém imaginava que isso poderia acontecer ali. Aquele edifício é quase um anexo do Copacabana (Palace). A atenção fica por ali. Nunca passou pela nossa cabeça que alguém teria a ousadia de praticar níveis de assédio e violência num local tão observado."