PROGRAMAÇÃO

"Solo para Vialejo", de Cida Pedrosa, é centro de debate, neste sábado (2), na Bienal

Em 2020, obra conquistou o Prêmio Jabuti nas categorias Livro do Ano e Poesia

Junto à Paulo Freire, Cida Pedrosa é homenageada nesta edição da BienalJunto à Paulo Freire, Cida Pedrosa é homenageada nesta edição da Bienal - Foto: Divulgação/Pedro Caldas

Vencedor do prêmio Jabuti de 2020, o livro Solo para Vialejo vai estar no centro do debate no segundo dia da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que nesta edição homenageia o educador Paulo Freire e a poeta Cida Pedrosa, autora da obra. Neste sábado (2) partir das 15h, no auditório Círculo das Ideias, as perspectivas do livro serão analisadas pela crítica literária e colunista do jornal literário O rascunho, Mariana Ianelli, e pelo escritor e editor Wellington Melo, com a mediação do poeta e historiador Francisco Pedrosa.

Logo em seguida, às 16h, o público que ainda não leu o livro poderá se familiarizar com a obra, assistindo pelo telão no palco Sesc Além das Letras uma leitura de Solo, feita pela poeta declamadora e performer Luna Vitrolira. Também possível assistir a apresentação remotamente.

As homenagens à Cida neste sábado terminam com um espetáculo teatral baseado em sua obra Claranã. Será encenado pelo grupo O poste Soluções Luminosas, às 20h, no palco Sesc Além das Letras.

Lançado em 2015, Claranã é uma obra toda metrificada, que bebe no canto lírico e na literatura de corentão del, cujo nome evoca uma pedreira envolta em atmosfera mística, à sombra da Chapada do Araripe, que tanto povoou a imaginação de Cida Pedrosa durante sua juventude em Bodocó. O livro foi selecionado para concorrer ao prêmio Oceanos de Literatura, em 2015.

No decorrer do evento, haverá um espaço gastronômico onde um chef vai preparar pratos inspirados na literatura de Cida Pedrosa, e o público poderá consumir.

"A gente poder ser homenageado junto a Paulo Freire, isso por si só já é uma honraria enorme. Ele é o patrono da educação brasileira, é um homem libertador. E ter várias mesas tratando dessa questão da minha obra, ter espetáculos teatrais em cima dos meus poemas, tudo isso são olhares novos sobre a minha obra. Isso é um deleite. Eu sempre digo que a minha literatura tem uma função social. Eu escrevo porque eu acredito na palavra no espaço de transformação, igual a Paulo Freire", conta a autora.

Cida acredita, ainda, que seu reconhecimento pode inspirar outras pessoas. "A homenagem não é minha, a homenagem é às mulheres, aos sertanejos, a homenagem é a todas as pessoas que acreditam no novo mundo. Quando você coletiviza o prêmio que recebe, você aglutina energias boas e inspiradoras, não só para você, como para muitas pessoas."

Prêmio Jabuti
Cida é a primeira mulher pernambucana a levar a principal categoria da premiação mais importante da literatura nacional, além de visibilizar a literatura fora dos grandes centros urbanos brasileiros. Em 2020, conquistou o Prêmio Jabuti nas categorias “Livro do Ano” e “Poesia”, com o seu título “Solo para Vialejo”, de 2019, publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), no qual a poeta faz uma viagem do mar ao Sertão, encontrando sua ancestralidade.

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