Teatro Guararapes

Sou baiano, mas muito pernambucano, diz Gilberto Gil, que faz show no Recife neste fim de semana

Cantor e compositor baiano se apresenta neste sábado (15) e domingo (16) no Teatro Guararapes, com ingressos esgotados para as duas noites

Gilberto Gil, cantor e compositorGilberto Gil, cantor e compositor - Foto: Hallit

De João Pessoa (PB), na noite desta quinta-feira (13), logo após a passagem de som e faltando cerca de uma hora para subir ao palco do Teatro Pedra do Reino, Gilberto Gil, 80, chegou plácido para uma prosa, em vídeo, com a imprensa pernambucana - que do lado de cá, nem tão tranquila assim, ao contrário, assumidamente ansiosa, aguardava para falar sobre a turnê "Gilberto Gil In Concert", com show em dose dupla neste sábado (15) e domingo (16) no Teatro Guararapes e lotação esgotada para ambas as noites. 

"Eu dizia que queria morrer batendo num tambor", bradou Gil, ao ser questionado sobre o decorrer de suas oito décadas de vida (e de história) e o desejo de estar passando por ela subindo aos palcos pelo Brasil e mundo afora. 

"Quanto a estar envolvido com a música, já numa idade avançada, isso sim era um sonho (...) Quanto ao fato de ter hoje uma boa parte da família comigo, compartilhando a vida artística, isso eu não imaginava não. Foi o desenrolar da vida, o interesse de cada um dos filhos e netos que foi determinando que eles agora dividissem os palcos comigo, os discos, as realizações musicais. Mas não era parte dos meus planos", complementou o cantor, compositor e instrumentista baiano, sorridente e explicitamente satisfeito com o feito de ter fincado, mesmo que involuntariamente, o DNA da arte nos seus. 

Crédito: Fernando Young

"Dá uma sensação de que criei bem os meninos e as meninas, né?", respondeu Gil, mais adiante, a um dos colegas presentes à coletiva, ainda sobre ter a família sob a veia artística que carrega há pelo menos seis décadas, construídas em meio à pluralidade que lhe é peculiar como artista que passeou, com fluidez, por uma diversidade de ritmos, entre eles o reggae, o pop e o baião de Gonzaga, a quem considera sua primeira grande referência na música.

"Luiz Gonzaga, um grande mestre, talvez o maior de todos em minha vida (...) O início do florescer da música dentro de mim, ele foi o primeiro jardineiro do meu jardim musical", conta Gil,.

Com mais de 700 músicas, algumas (muitas) dezenas de discos e milhões de cópias vendidas, grammys e proezas artísticas a perder de vista, Gilberto Gil, o "baiano mas também muito pernambucano", como fez questão de afirmar em uma de suas falas sobre sua relação com o Estado e especificamente com o Recife, é um dos nomes incontestáveis da Música Popular Brasileira (MPB).

Crédito: Hallit

"Essa cidade é afetivamente próxima de mim, né?", declarou em tom de estar convicto da própria afirmação. E deveras, em terras pernambucanas, há uma imensidão de povos e gentes que abraçam Gil e que na prática, farão jus ao seu reinado pelas bandas de cá, num Guararapes que decerto será tomado por aplausos efusivos a partir de sua entrada no palco.

Palco, aliás, que vai receber, além da voz e do violão comandados pelo mestre baiano, alguns dos seus discípulos "de carne e de sangue", como o próprio se referiu aos filhos Bem Gil (violão e guitarra) e José Gil (bateria e percussão) e aos netos João Gil (violão e baixo) e Flor Gil (teclados e vocais).

Além deles, Marcelo Costa (bateria) completa o grupo que acompanha Gilberto Gil em show que já passou por pelo menos 18 cidades mundo afora, de países como  França, Alemanha, Suécia e Portugal.

Para o repertório das duas noites no Recife, "Expresso 2222", Upa Neguinho", "Estrela",  "Drão", "Palco", "Andar com Fé", "Aquele Abraço" e "Tempo Rei" integram o rol de clássicos que serão acompanhados pelo público pernambucano.

Serviço
"Gilberto Gil In Concert"

Quando: Sábado (15), 21h  e domingo (16), 19h
Onde: Teatro Guararapes (Centro de Convenções de Olinda)

Ingressos esgotados
Informações: 3182-8020

Veja também

"Pinguim": o que esperar da nova série da Max derivada de Batman
Crítica

"Pinguim": o que esperar da nova série da Max derivada de Batman

Projota chora ao falar sobre assalto em casa: ''Era difícil de entender. Parecia um pesadelo''
ASSALTO

Projota chora ao falar sobre assalto em casa: ''Era difícil de entender. Parecia um pesadelo''

Newsletter