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Suporte feminino ao cenário da música

Selo recifense PWR Records lança discos de bandas que tenham mulheres em sua formação

Hannah Carvalho e Letícia Tomas planejam ações para estimular a adesão feminina à músicaHannah Carvalho e Letícia Tomas planejam ações para estimular a adesão feminina à música - Foto: Divulgação

Inspiradas no projeto Girls Rock Camp, as estudantes recifenses Hannah Carvalho, de 19 anos, e Letícia Tomas, de 20, acabam de lançar no mercado o selo PWR Records para montar um catálogo nacional de bandas que contam com mulheres em sua formação. O primeiro álbum lançado pelo selo será o novo projeto da musicista paulista Rita Oliva, mais conhecida pelo trabalho nos grupos Cabana Café e Parati. Em 2017, a artista coloca nas prateleiras o primeiro disco do Papisa, que sairá sob a chancela do PWR Records.

“Quando ela topou lançar pela gente, agilizamos tudo para que o selo fosse lançado neste mês. Mas vínhamos idealizando isso desde o começo do ano. Em junho entramos em contato com a Nanda (Loureiro), do selo cearense Banana Records, buscando fazer uma lista de bandas com meninas para fazer um zine e, no final, 315 bandas se cadastraram. Apenas 9 eram de Recife e as que tinham a gente nunca ouviu falar, era um negócio muito mal divulgado”, explica Letícia, que planeja dar suporte ao cenário feminino não só nacional, como também local. O critério para ser aceita no selo seria manter a linha contracultural e experimental.

O PWR Records também organiza a “Jam das Minas”, que teve sua primeira edição na última terça-feira, no Texas Café Bar. “Quando soubemos que as meninas do Rakta, Ventre e My Magical Glowing Lens viriam para o festival No Ar Coquetel Molotov (que aconteceu no último sábado), as convidamos para essa Jam e o sucesso foi tão grande, que resolvemos que será um evento regular, para acontecer mensal ou bimestralmente. Acho que as meninas aqui têm vergonha de tocar, porque se aparecer um cara tocando qualquer coisa mediana, a galera vai aceitar, mas se for uma mina, a galera vai criticar. A ideia da nossa Jam é esta, que a gente possa tocar qualquer coisa e a próxima será aberta para quem quiser chegar”, diz Letícia, que acredita que a iniciativa reforça o contato entre garotas e tende a estimular o desenvolvimento das participantes com seus instrumentos e a criação de novas bandas.

OFICINAS

Outra ação planejada pelo selo é a realização de oficinas. A primeira delas deverá ser ministrada pela baterista Larissa Conforto, da banda carioca Ventre, na próxima quinta-feira (3/11), no edifício Texas (onde fica o Texas Café Bar). “Ainda iremos confirmar essa primeira, mas depois vãos atrás de meninas daqui que estejam dispostas a ensinar. Também lançamos uma formulário na internet para as meninas que trabalham no backstage, mixagem e masterização para que a gente possa indicar para as bandas que a gente for agenciar. Queremos fazer uma rede de contatos para botar os trabalhos no mundo”, resume Letícia, que se comunica principalmente através da Fan Page no Facebook.

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