Teatro do Parque: 105 anos na memória da arte pernambucana
Espaço que segue em reforma, completa nesta segunda-feira (24) 105 anos de história
O Teatro do Parque completa nesta segunda-feira (24) 105 anos de história. Embora fechado ao público há uma década - para reforma que, espera-se, seja concluída até o final deste ano de 2020 – o número 81 da rua do Hospício, na Boa Vista, área central do Recife, tem dos pernambucanos e dos amantes das artes, boas memórias.
Um dos poucos teatros-jardim do País, o Teatro do Parque foi aberto em 1915. Em 1929 passou por sua primeira intervenção e passou a funcionar como um cine-teatro.
Já em 1968 lhe foram conferidos ares modernistas e, dentro em breve, deve ganhar contemporaneidade à sua arquitetura secular envolta por ladrilhos.
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Com o status de um dos mais antigos equipamentos culturais da cidade, o Teatro do Parque foi erguido por um comerciante português e decorado pelos pintores Henrique Elliot e Mário Nunes.
Projetado todo em “art-nouveau”, o espaço foi inaugurado com a apresentação da Companhia Portuguesa de Operetas e Revistas e já foi palco, também, de dezenas de companhia brasileiras.
Da época do cinema mudo, o Teatro do Parque exibia os filmes que eram acompanhados por músicos que depois se tornariam conhecidos, a exemplo do maestro e compositor Nelson Ferreira.
O espaço também acompanhou o apogeu do cinema falado, sendo arrendado para o grupo Severiano Ribeiro entre as décadas de 1920 e 1950
Atualmente o Teatro do Parque abriga a Banda da Cidade do Recife que, com a restauração, passarár a ter um espaço próprio para ensaios. Além das artes cênicas e do cinema, o Parque remonta a tempos saudosos de projetos de música como o “Seis e Meia” e de outras memórias da cultura do Estado.