Animação

500 milhões de arquivos e super data center: saiba a magia tecnológica de animação da DreamWorks

Neptune, da Lenovo, ajuda a dissipar calor do data center da DreamWorks, otimizando a criação de filmes

Kate Swanborg, vice-presidente sênior de Comunicações de Tecnologia e Alianças Estratégicas na DreamWorks AnimationKate Swanborg, vice-presidente sênior de Comunicações de Tecnologia e Alianças Estratégicas na DreamWorks Animation - Foto: Marta Souza/Folha de Pernambuco

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Ao assistir a uma animação, geralmente não é pensado que a produção exige uma gama de elementos de computação gráfica (CG), que são gerados por computador e por designers. Nesse processo, a computação de alto desempenho é fundamental para renderizar essa visão ousada, especialmente em um setor que está constantemente correndo para mostrar ao público algo novo.

É o caso de “Ruby Marinho: Monstro Adolescente”, que está em cartaz nos cinemas brasileiro. De acordo com a DreamWorks Animation, um filme de animação leva, por exemplo, cerca de quatro anos para ficar pronto e pode gerar meio bilhão de arquivos digitais, entre camadas de imagens, efeitos sonoros, vozes, modelos 3D, rigging, superfície e simulações até animação de alto desempenho e criação de renderizações hiper-fotorrealistas.

Para chegar à alta qualidade técnica das animações, que exige muito da capacidade dos equipamentos, a DreamWorks, líder da indústria por trás de inúmeras franquias de animação como também “Shrek”, “Kung Fu Panda”, “Como Treinar o Seu Dragão”, “Trolls”, “Os Croods” e “O Poderoso Chefinho”, trabalha desde 2021 em parceria com a Lenovo, que atualizou o data center que tem mais de 20 anos de existência -  estava operando no limite do espaço físico e com restrições de consumo de energia.

Nesta terça-feira (4), a parceria das empresas foi apresentada em coletiva de imprensa em São Paulo. A companhia de tecnologia atualizou o data center com um cluster de alto desempenho junto à solução Neptune Liquid Cooling, tecnologia que, como já diz o nome, usa resfriamento líquido para dissipar o calor gerado pelos equipamentos.

Cluster Lenovo no datacenter da DreamWorks. Cluster Lenovo no datacenter da DreamWorks. Divulgação/DreamWorks Animation

Com isso, foi possível obter mais densidade e muito mais núcleos sem precisar fazer grandes reformas. Com o Neptune Liquid Cooling e o cluster de computação de alto desempenho da Lenovo, a DreamWorks aumentou em mais de cem vezes a quantidade de energia consumida por metro quadrado do data center, localizado no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

“As mudanças atuais suportam fluxos de trabalho aprimorados, permitindo aos artistas mais interatividade enquanto trabalham para imaginar novos mundos. Como o renderizador da DreamWorks Animation, pode ser dimensionado para usar núcleos em várias máquinas. Mais potência significa mais possibilidades. Isso significa, por exemplo, que coisas que levariam minutos ou até horas são renderizadas em tempo real.”, explicou Joaquim Merino, lider de HPC para América Latina da Lenovo ISG.

A equipe da Lenovo desenvolveu todo o projeto que determinou o melhor caminho para a água chegar ao novo trocador de calor de resfriamento (CDU) até a execução do plano para as entranhas do edifício e a integração das novas adições ao sistema de gerenciamento.

Segundo Kate Swanborg, vice-presidente sênior de Comunicações de Tecnologia e Alianças Estratégicas na DreamWorks Animation, são produzidos cerca de 10 filmes simultaneamente. Cada um deles demora cerca de quatro anos para ser finalizado. Para o espectador, as animações duram, em média, uma hora e meia. São cerca de 24 frames por segundo, 120 mil quadros e cada um deles precisa passar por 12 processos criativos e ser renderizado várias e repetidas vezes.

Para cada filme, são gerados 500 milhões de arquivos. No total, se são produzidos 10 filmes por ano, a soma dá 5 bilhões de arquivos, o que ficava incompatível com a estrutura do antigo data center.

“Com a solução estratégica Neptune da Lenovo, ganhamos centenas de millhares de horas e usamos tempo de maneira eficaz. Porque agora os artistas não precisam esperar horas para o equipamento renderizar ou esfriar para criar; eles têm disponível em tempo real todos os recursos para criar e isso otimiza tempo e o processo criativo flui de uma melhor maneira”, conta Kate Swanborg.

Como resultado, a DreamWorks viu um aumento de 20% no desempenho do cluster Neptune em comparação com os servidores refrigerados a ar tradicionais em seu farm de renderização, graças em parte à tecnologia de resfriamento líquido que atenuou o afogamento devido ao superaquecimento, sendo possível extrair cerca de 42 quilowatts por rack.

Parceria de inovação em workstations
A DreamWorks também implantou workstations (estações de trabalho) Lenovo, incluindo ThinkStation P620 e ThinkStation P920, em todos os departamentos para o desenvolvimento de conteúdo e personagens.

Além do Lenovo ThinkStation P620, o DreamWorks Animation também tira proveito da estação de trabalho de processador duplo mais avançada da Lenovo, o ThinkStation P920. Construído com a última geração de processadores Intel Xeon, o desempenho extremo da estação de trabalho ajuda a produtora a acelerar seus fluxos de trabalho mais desafiadores em um ambiente de estúdio.

O ThinkStation P620 é baseado em um processador AMD Ryzen Threadripper com até 64 núcleos e 128 threads. A máquina pode contar ainda com até duas placas gráficas Nvidia Quadro RTX 8000 ou quatro GPUs Quadro RTX 4000 (entre outras configurações gráficas), além de até 512 GB de memória DDR4.

Já o ThinkStation P920 pode ter até dois processadores Xeon Platinum 8280 com 28 núcleos cada, até 128 GB de DDR4 e, novamente, várias configurações gráficas, incluindo uma placa Quadro RTX 8000 com 48 GB de memória.

* - A jornalista viajou a convite da Lenovo

 

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