Minissérie sobre Elis Regina vai além do filme de 2016
'Elis - Viver é Melhor que Sonhar' estreia nesta terça-feira (8), na Globo
"Isso não é uma boa ideia", brincou a atriz Andreia Horta, 35, ao receber o convite para interpretar Elis Regina (1945-1982) novamente. O longa "Elis", que foi sucesso nos cinemas, volta à TV repaginado na forma da minissérie "Elis - Viver É Melhor que Sonhar", que estreia nesta terça-feira (8), após a novela "O Sétimo Guardião" (Globo), com quatro capítulos.
Para dar vida à minissérie, os atores gravaram novas cenas, três anos depois. Para o cineasta Hugo Prata, que dirigiu o longa, o público verá uma nova produção na televisão. "A equipe de Guel Arraes e de George Moura chegou com uma proposta clara de entregarmos um outro produto. Não seria justo só fatiar o filme. Por isso, a série transborda o que foi para o cinema. São obras distintas", afirma Prata.
Uma das grandes novidades é entrada de Rita Lee na história. Ela será interpretada por Mel Lisboa, que já a viveu no musical "Rita Lee Mora ao Lado". A cena principal mostra o momento em que as duas se conheceram, na prisão. "Quando vi Mel Lisboa vestida de Rita Lee pela primeira vez, eu quase caí para trás", brinca Andreia Horta.
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Quanto Rita foi presa durante o ditadura militar (1964-1985), Elis decidiu visitá-la. "Achamos imagens de arquivo das duas narrando esse fato, e colocamos logo depois da cena. As pessoas de carne e osso vão contar o que acabamos de reconstituir na tela", conta George Moura, diretor da série.
Para Mel Lisboa, que viveu Rita Lee nos cinemas, também foi um desafio colocar a sua personagem de volta em cena. "No musical, por quase três anos, eu fiz a Rita em uma situação diferente. O palco é muito diferente da câmera e o momento retratado também. O musical tem uma Rita muito solar e feliz, e a série retrata o momento em que ela passa pela prisão."
"Elis" levou mais de 500 mil pessoas aos cinemas, segundo dados do site Adoro Cinema. "Quando fizemos o filme, não sabíamos que ele seria uma série. Ele teve um resultado de bilheteria que nos surpreendeu positivamente, e com pessoas aplaudindo nas salas. Ganhamos 34 prêmios em festivais pelo mundo. O filme nos deu muita alegria e parecia suficiente, mais ainda veio a oportunidade de transformá-lo em série", celebra Hugo Prata, diretor do longa.