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"The good doctor": protagonista fala sobre personagem na última temporada

Sétima temporada também terá outra personagem do espectro autista

Cena da última temporada de 'The good doctor' Cena da última temporada de 'The good doctor'  - Foto: Divulgação

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Um mês antes de terminar de gravar a sétima e última temporada de “The good doctor: O bom doutor”, que estreia nesta quarta-feira 93) no Globoplay, o ator Freddie Highmore, intérprete do protagonista Dr. Shaun Murphy, sentia-se como na formatura da faculdade.

— Estou chegando ao fim dessa fase incrível, com um grupo incrível de pessoas, em um ambiente que sei que nunca existirá da mesma maneira novamente — disse o ator de "The good doctor", em entrevista por chamada de vídeo ao Globo, direto de uma das salas produção, num dos intervalos de gravações. — Isso te deixa nostálgico e reflexivo.

Os fãs da série "The good doctor" devem estar se sentindo assim também. Estão, afinal, desde 2017 acompanhando o crescimento pessoal e profissional do jovem médico com transtorno do espectro autista. Para esta última etapa, os roteiristas deixaram o maior desafio da vida: a paternidade, como mostrou o episódio final da sexta temporada, quando Lea dá à luz Steve.

— Isso vai mudar fundamentalmente quem ele é e como ele vê o mundo — diz Freddie. —Seu relacionamento com Lea (a atriz Paige Spara), com sua própria figura paterna, o doutor Glassman (Richard Schiff). Do ponto de vista de Shaun, será empolgante e diferente vê-lo tanto como cirurgião quanto como pai.

Nova personagem
“The good doctor” é uma adaptação de uma série sul-coreana, exibida em 2013, que também conta a história de um médico com o transtorno. Freddie não é uma pessoa neurodivergente (o termo cunhado pela socióloga australiana Judy Singer no final dos anos 1990, para se referir a pessoa com características neurológicas diferentes do que é considerado típico), mas diz ter recebido, em sua maioria, feedbacks positivos da comunidade com sua interpretação.

— As mensagens e interações que tive com pessoas que estão no espectro ou com familiares delas, que foram tocados pelo programa ou que veem um pouco de sua própria experiência refletida nele, é certamente o que de mais significativo levo desses sete anos. Sempre esperei que isso fosse mais do que apenas um programa de TV e que tivesse um significado e uma ressonância mais amplos.— reflete o ator. — E se, de alguma pequena, minúscula maneira, essa história e essa atração puderam desafiar estereótipos ou aumentar a conscientização sobre o autismo, então isso seria certamente a coisa de que mais me orgulho.

Nesta nova leva de episódios, a série finalmente ganha um segundo personagem com autismo, a estudante de medicina Charlie, que cria um arco de tensão com o protagonista. A atriz escolhida para o papel é Kayla Cromer, que faz parte do espectro.

— Isso certamente é uma grande parte desta temporada — diz o ator, referindo-se também a Dom, outro estudante que também chega ao hospital San Jose St. Bonaventure. — Vemos Shaun como professor e tipo de modelo para essas pessoas. Mas a comunicação nunca foi um ponto forte dele, e acho que vai ter dificuldades em ser chefe e tentar transmitir sabedoria. Em relação a Charlie isso é ainda mais específico, porque partes dela lembram Shaun de si mesmo. Mas o que queremos explorar com a personagem são as maneiras em que eles são diferentes um do outro. Shaun, como sempre dissemos, é uma pessoa e nunca foi capaz, nem deveria, de representar todos que estão no espectro. Acho que oferecer uma visão diferente do autismo por meio de Charlie vai ser empolgante e também importante.

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