Tiago Leifert fala sobre retinoblastoma da filha: 'Tem que manter a força e o otimismo'
Filha do apresentador e Daiana Garbin, Lua, de 1 ano e 3 meses, está com câncer raro nos olhos
A revelação de que a filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin está com um câncer raro nos olhos comoveu o país. No último domingo, dia 30, o ex-apresentador e a mulher falaram ao “Fantástico”, da TV Globo, sobre o diagnóstico de retinoblastoma da pequena Lua, de 1 ano e 3 meses. Segundo eles, a missão do casal passou a ser alertar outros pais para os perigos da doença, ajudando-os a identificar alguns sinais.
“Eu tinha ido para o Rio para gravar dez dias do “The voice Brasil”. Quando voltei, morrendo de saudades, peguei ela no berço para brincar e vi que ela não olhou no meu olho, olhou meio de lado. Ela estava olhando para mim, mas olhando meio para lá. E falei: ‘Dai, ela não olhou no meu olho’. Ela gelou”, disse ele.
O ex-apresentador explicou que decidiu deixar a TV Globo quando recebeu o diagnóstico da filha. Por isso, precisou interromper as gravações do “The voice Brasil”.
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“Eu ia embarcar com a Lua e a Daiana no dia seguinte pra gente ir gravar, e eu falei pro meu chefe, o Boninho: ‘Deu um problema aqui’. Contei na mesma hora e ele falou: ‘Pelo amor de Deus, fica aí que vou dar um jeito aqui’...”, contou.
Ao falar sobre o que sentiu naquela ocasião, Tiago Leifert foi enfático.
“Eu não sou uma pessoa triste, vocês me conhecem. Sou alegre, animado, mas naqueles dias conheci a escuridão”, disse o apresentador, que confessou chorar escondido da criança: “Eu sei que tem casos piores do que a Lua, nós sabemos que não é mais dolorosa do que ninguém. Mas a gente tem que manter a força e o otimismo. Muito porque isso contagia a família, os médicos, a criança... Então isso é o mais importante. Respirar fundo e mentalizar sempre melhor possível e ir para luta, que é o isso que a gente pode fazer(...). Não adianta ficar ruminando coisa ruim na cabeça porque isso não vai adiantar nada. Agora é isso, a gente declarou guerra para essa doença”.
A jornalista Daiana Garbin também falou sobre as quatro sessões de quimioterapia a que a Lua já se submeteu.
“A gente já fez quatro sessões de quimioterapia, a quimio intra-arterial, como se fosse uma cirurgia, um cateterismo. Os médicos levaram o remédio até o olhinho. Por isso, que não tem tantos efeitos colaterais. Não sabemos quantas sessões vão ser necessárias”, explicou.
Segundo a oncologista pediátrica Carla Macedo ouvida pelo “Fantástico”, o retinoblastoma corresponde a 3% dos cânceres pediátricos.
“Estamos falando de uma doença extremamente grave e rara. O retinoblastoma se origina nas células embrionárias da retina, dentro do olho, então é uma doença de crianças pequenas. A gente tem 95% dos casos em crianças menores do que 5 anos, que pode acontecer em um ou nos dois olhos”, explicou.
Segundo os médicos, os olhos de uma criança com o problema lembram o brilho nos olhos de um gato. Outros sinais são o estrabismo e os movimentos irregulares.
As causas da doença ainda não são conhecidas. A ciência, porém, já sabe que é resultado de mutações, que levam a um crescimento descontrolado das células da retina. Neste caso, segundo os especialistas, há cinco classificações da gravidade, que vão de A a E. Lua foi diagnosticada com o nível E, o mais grave.
O retinoblastoma atinge de 200 a 300 crianças no Brasil, segundo estimativas. O tratamento pode incluir quimioterapia, laser e crioterapia (espécie de congelamento do tumor). As chances de cura com um diagnóstico precoce superam 90%.