Tiné chama pra dançar coladinho em seu terceiro disco solo
Vocalista da Academia da Berlinda convida Moreno Veloso, Kassin, Lirinha, Jorge Du Peixe e Mestre Anderson Miguel em novo álbum
O cantor e compositor pernambucano Tiné mantém uma relação íntima com o bolero, desde os tempos de sua infância, quando seu pai e sua avó tocavam discos de cantores brasileiros derretendo-se no groove cubano. “Minha avó tinha vários discos repetidos de Nelson Gonçalves, porque as pessoas davam de presente porque sabiam que ela gostava daquele tipo de som”, lembra o vocalista da Academia da Berlinda e da Orquestra Contemporânea de Olinda. Em sua trajetória, seja com os grupos ou solo, o ritmo latino sempre dava o ar de sua graça, mas ele sonhava com a possibilidade de fazer um disco inteiro dedicado à sonoridade.
Em “Românticos do Rosarinho”, seu terceiro disco solo terá live de lançamento amanhã, às 20 horas no perfil do Instagram do artista (@tine.oficial), o sonho finalmente se realizou. Para isso, Tiné contou com a ajuda de uma recém-formada banda, e com as participações especiais de amigos do vocalista, como Moreno Veloso, Lirinha, Jorge Du Peixe, Kassin e o jovem prodígio do maracatu pernambucano Mestre Anderson Miguel.
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O bolero da infância
Tiné lembra que o bolero se fez presente em sua carreira, desde o início. “Antigamente, aqui no Brasil, tinha uma cultura dos clubes, dos bailes, e a galera saía pra dançar. aqui no Recife isso voltou uma época, no Clube Bela Vista, quando todo domingo a gente ia lá pro Alto de Santa Terezinha”, disse.
Em "Românticos do Rosarinho", o cantor deixa exposta não apenas esta latinidade, como a influência da música negra em sua musicalidade. “No começo da Academia da Berlinda, a gente tocava muitas coisas influenciadas por umas guitarradas de Angola, isso é parte fundamental da nossa formação”, conclui.